segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Santa Maria, Mãe de Deus



Celebramos no primeiro dia do ano de modo especial a solenidade de Santa Maria, mãe de Jesus.
Ela que, ao escutar os pastores a falarem com alegria do que viram no presépio, fixava tudo o que eles diziam.
Tudo guardava no seu coração.
E com José deu ao Menino o nome de Jesus.

Também este primeiro dia do ano é, desde o tempo de Paulo VI, o Dia Mundial da Paz.
Pensemos ao longo deste dia neste dom e tarefa que é a paz.
Para entendermos melhor apresento três formas ou tipos de paz.

1- Letra P

Paz de consciência
É a paz que sentimos quando temos a consciência sem nada a perturbá-la.
É a paz que sentimos quando vivemos tranquilos, serenos, sorridentes.
É a paz que sentimos quando nos deitamos cada dia sem remorsos.
Ter a consciência em paz.
Podemos dizer que começamos o novo ano com a consciência em paz?

2- Letra A

Paz na família e com os mais próximos
É a paz que se respira nas famílias onde pais e filhos são pacíficos.
É a paz que se respira quando as pessoas se compreendem, se amam e se perdoam.
É a paz que se respira quando todos se empenham em construir a paz.
Ambientes serenos, calmos e pacíficos.
Podemos dizer que começamos o novo ano em paz com todos?

3- Letra Z

Paz no universo
É a paz que os governantes dos povos deviam construir sem demora.
É a paz sonhada todos os dias por povos a sofrerem os horrores das guerras.
É a paz que faz correr tantas pessoas com fome e sede de justiça e de solidariedade.
Um universo onde acabem todas as guerras.
Podemos dizer que começamos um novo ano empenhados pela paz no mundo?


Com a força do Espírito Santo, estas três formas de paz são possíveis.
Shalom! Paz! Felicidade!
Sejamos construtores de paz em cada um de nós, nas famílias e no universo, e seremos chamados filhos de Deus.

Por intercessão de Maria, Rainha da Paz, dai-nos Senhor a paz.
Maria, Mãe de Jesus, dai-nos a paz.



Oração
Pai,
peço-vos a paz, que é tão necessária como a água e como o fogo, como a terra e como o ar.
A paz, que é o perdão que nos liberta do ódio e da ira, da inveja e do sangue derramado.
A paz, que é liberdade, vida sempre aberta em casa e no trabalho, na escola e na rua.
A paz, que é pão amassado dia a dia, e que se parte na mesa com fome e alegria.
A paz, que é a flor do vosso Reino que esperamos e que tornamos mais belo e mais próximo cada dia.
Sim, peço-te a paz que nos damos uns aos outros porque Vós sois o nosso Pai e nós somos irmãos.
Ámen.


sábado, 29 de dezembro de 2012

Mensagem de Jesus a todas as famílias


Escutai pais e filhos, a mensagem que nos envia Jesus neste dia.

Escrevo-vos apenas para vos pedir uma coisa: que vos ameis.
Não vos peço que me ameis a mim. Apenas que vos ameis a vós.
Que multipliqueis os encontros, as ternuras, os abraços e os beijos.
Que ponhais em comum as vossas alegrias, tristezas e esperanças.
Que dialogueis, que vos entendais, que vos queirais muito.
Que vos sirvais, que laveis os pés uns aos outros, que vos ajudeis.
Que cureis mutuamente as feridas, que vos perdoeis generosamente.
Que ofereçais uns aos outros coisas, gestos, como sinal de amizade.

Escrevo-vos apenas para vos pedir uma coisa: que vos ameis.
Mas com uma condição que deveis ter sempre em conta.
Que o amor vivido nas vossas famílias seja como o meu: Amar até dar a própria vida.
Será amor verdadeiro.
Felicidades, pais e filhos, neste dia de festa e sede perfeitos no amor.

Jesus
 
 
 

Sagrada Família (anoC)

 
 
Uma vez Jesus foi com os pais a Jerusalém.
Ele tinha doze anos e, com essa idade, era considerado adulto.
Tinha a obrigação de ir a Jerusalém para as grandes festas.
E aconteceu que ele se perdeu dos pais.
Estes procuraram-no durante três dias e, no fim, encontraram-no no Templo. Sentado no meio dos doutores da lei, escutava-os e fazia perguntas.
É evidente que os pais, preocupados, ao verem-no, o repreenderam. Que lhe disseram? (…)

«Filho, por que procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Acontece então uma coisa muito importante, porque é a primeira vez nos Evangelhos que aparece Jesus a falar.
E que diz ele? (…)
«Por que razão me procuráveis? Não sabíeis que eu tenho de estar na Casa de meu Pai?».

Jesus preocupado em fazer a vontade de Deus, pois para isso é que ele tinha nascido e vindo ao mundo.
Não veio para ser carpinteiro como José. Veio para cumprir uma missão muito especial de seu Pai.

Também S. Paulo nos recorda para hoje um pouco o que é uma família, e como Deus a sonhou.
S. Paulo apresenta-nos três coisas:

1- A roupa do cristão
Pais e filhos devem ter um vestuário com sete peças:
misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência, compreensão, perdão.
E todo isto cingido com um laço ou um cinto, que é a caridade.

-Será que na nossa família nos vestimos assim?

2- A oração
Pais e filhos, alimentem-se da Palavra de Deus com abundância.
E com salmos e hinos cantem de todo o coração a Deus.
A oração em família faz desta uma «Igreja doméstica», uma comunidade onde está presente o Senhor Jesus.

-Será que na nossa família existe oração?

3- O amor
Pais e filhos devem considerar que o fundamental é que o amor circule de pais para filhos, de filhos para pais, de esposos entre si.
Será o amor a fazer de cada família um pequeno pedaço de paraíso, onde todos se sentem bem e felizes.

-Será que na nossa família cresce o amor?


Recordai-vos todos, pais e filhos, que é na Eucaristia que encontramos a fortaleza necessária para fazer a vontade de Deus e com Ele vivermos felizes.



 
 
 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal (ano C)


Anuncio-vos uma alegre notícia, que é para vós e para toda a humanidade inteira.
Escutai-a com um coração inundado de alegria.
Tinham passado milhares e milhares de anos, desde que, no princípio, Deus criou o céu e a terra e fez o homem à sua imagem e semelhança.
E milhares de anos, desde que cessou o dilúvio e resplandeceu o arco-íris, sinal de aliança e de paz.

No ano de 752 da fundação de Roma, no ano 42 do império de Octávio Augusto, enquanto em toda a terra reinava a paz, há cerca de 2012 anos segundo a era cristã, em Belém, cidade humilde de Israel, ocupada então pelos romanos, num presépio, porque não havia outro lugar, de Maria Virgem, desposada com José, este da casa e da família do rei David, nasceu Jesus. Filho único de Deus e homem verdadeiro.
Este Menino, chamado Messias ou Cristo, é o Salvador por quem todos esperavam.
Ele é verdadeiramente Deus connosco.


César Augusto, imperador romano, mandou que se fizesse um recenseamento: contar quantos cidadãos havia no império romano.
Maria e José, como cidadãos que eram, puseram-se a caminho em direção a Belém, terra dos antepassados de José.

-Jesus ao nascer durante um recenseamento, mostra que é um cidadão deste mundo, como nós o somos.
-Natal é sentir esta proximidade de Jesus. Deus na nossa história.


Ao chegarem, viram que não havia para Maria um lugar apropriado para dar á luz a criança que estava prestes a nascer.
Diz a tradição que tiveram de ir para um curral de animais.
O menino nasceu assim na pobreza.
Veio para os que eram seus e os seus não o quiseram receber.

-Jesus certamente que hoje bate á porta da hospedaria, que é o nosso coração, para que o recebamos com alegria.
-Natal é abrir as portas do nosso coração a Jesus, porque ele vem como amigo.


Maria pegou no Menino recém-nascido, envolveu-o em panos e recostou-o numa manjedoira.
Diz-se que rodeado por dois animais: um burro e um boi.
O Filho único de Deus que tem como trono uma manjedoira.

-Jesus quis ser igual, no seu nascimento, a todas as crianças, particularmente àquelas que sofrem por causa da miséria.
-Natal é ter presente todas as crianças do mundo e dar-lhes felicidade.


Os anjos apareceram aos pastores e anunciaram-lhes uma boa notícia, que será grande alegria para todo o povo: nasceu-vos hoje o Salvador.
E eles deslocaram-se até junto de Jesus e contavam a todos a boa noticia.

-Jesus quis ser visitado, em primeiro lugar pelos últimos da sociedade.
Os pastores eram considerados como gente sem valor.
-Natal é tempo de estarmos atentos aos últimos da sociedade, aos pobres e humildes.
São os preferidos de Jesus.


Se, de facto, os habitantes de Jerusalém não se derem conta da importância desse nascimento, toda a corte celestial, todos os anjos do céu se uniram num concerto musical a cantar: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens que ele ama».

-Jesus tinha sido anunciado pelos profetas como o Príncipe da Paz e da Alegria.
-Natal é tempo de saborearmos mais o dom da paz e de nos alegrarmos.


Deus quis habitar no meio de nós, fazer-se um de nós, e fê-lo por meio de Maria.
Tudo isto é mais do que suficiente para repetirmos: Feliz Natal!
Que nos felicitemos e nos encorajemos a ser mensageiros do Evangelho.
Deus foi grande para connosco.
Deus apostou na humanidade.
Dar-lhe-emos glória, se vivermos em liberdade, amizade e santidade.
Levemos para as nossas vidas o desafio comovedor e humano do nosso Natal.
Paz para todos!
Deus ama-nos!
FELIZ NATAL A TODOS!

    
 
 
 
 
 
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Quarto Domindo do Advento (ano C)


«Bendita és tu entre as mulheres»

Uma vez, maria de Nazaré, que iria ser a mãe de Jesus saiu de sua casa e pôs-se a caminho durante vários dias, para chegar até casa da sua prima Isabel.

Era uma senhora casada com Zacarias, e que estava grávida de seis meses. Iria ser, em breve, mãe de João Baptista, o escolhido para preparar a vinda de Jesus.

Maria, quando chegou a casa de Isabel, saudou-a. Não sabemos com que palavras, mas certamente com muito afeto.

E nesse momento tão feliz do encontro, estavam as duas futuras mães muito felizes. E até a criança que estava no seio de Isabel saltou de alegria no seu ventre.

Como resposta à saudação de Maria, Isabel respondeu em voz alta: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus. Feliz de ti, porque acreditaste».

S. Lucas, o evangelista que mais escreveu acerca de Maria, também a saudou como fez Isabel.
No seu Evangelho chama-lhe bem-aventurada quatro vezes.

O primeiro elogio foi na Anunciação.
O anjo Gabriel saudou-a, dizendo-lhe: «Ave, ó cheia de graça, o Senhor está contigo».
Bendita és, Maria.

O segundo elogio aconteceu em casa de Isabel.
Esta cena proclama: «Bendita és tu entre as mulheres. Bem-aventurada porque acreditaste em Deus».
Bendita és, Maria.

O terceiro elogio foi pronunciado por uma mulher do povo, no meio da multidão:
«Ditoso o ventre que te gerou e os peitos que te amamentaram».
Bendita és, Maria.

O quarto elogio foi proclamado por Jesus.
Estava ele a pregar e disseram-lhe que a sua mãe se encontrava lá fora. E Jesus, pensando em Maria, disse: «Ditosos os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática».
Bendita és, Maria.

Maria é bendita ou bem-aventurada, porque acreditou com muita fé.
Como ela, acreditemos enquanto aguardamos a vinda do seu Filho Jesus.



Oração
Senhor nosso Deus, Pai, Filho e Espirito Santo, nós acreditamos que tudo fazes para vir até junto de nós e nos oferecer a vida e a salvação.
Nós sabemos que podemos confiar em Ti e na Palavra que nos diriges.
Como Maria, queremos viver a vida com beleza e alegria verdadeiras.
Ensina-nos a estar atentos á Tua Palavra.
Ámen


Compromisso para durante a semana
O Natal está mesmo a chegar.
É normal que andemos atarefados com muitas coisas como, por exemplo, a compra de presentes.
Convido-vos a uma coisa: Não vos deixeis distrair por tudo isso, esquecendo o que é mais importante no Natal.
O mais importante é Jesus.
Jesus é o grande presente que Deus nos dá. Com ele, o Natal será mesmo muito feliz.



 
 
 
 
 
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A melhor prenda de Natal.


No ano de 1994 dois jovens amigos responderam a um convite do Departamento de Educação da Rússia para ensinar Educação Moral nas escolas públicas. Foram convidados a ensinar nas prisões, quartéis de bombeiros e também num grande orfanato, onde havia perto de cem meninos que tinham sido abandonados, maltratados e deixados ao cuidado do governo.

Aproximava-se o Natal.
Os dois amigos contaram como Maria e José chegaram a Belém, como não encontraram nenhum sítio que os acolhesse e como se foram recolher num estábulo, onde nasceu o menino Jesus, que foi depois posto numa manjedoura.

Enquanto contavam a história, os meninos e os funcionários do orfanato escutavam muito atentos. Quando terminaram a história os dois amigos deram a cada menino três pedaços de cartolina para construírem um presépio, segundo as instruções que iam dando.
Os meninos construíram a casinha do presépio com muito cuidado e, com alguma roupa já usada e muito talento, lá fizeram as imagens.

Os orfãozinhos estavam ocupados na construção do presépio enquanto um dos amigos ia caminhando pelo meio da sala para ver se alguém precisava de ajuda.
Parecia que estava tudo bem até que chegou a uma mesa onde estava sentado o pequeno João. Devia ter uns seis anitos e já tinha terminado o seu projeto.
Quando olhou para o presépio desse menino, o jovem ficou surpreendido porque em vez de um menino Jesus, havia dois.
Perguntou-lhe porque é que havia dois bebés no presépio ao que o menino, cruzando os braços e olhando para o seu presépio já terminado, começou a repetir a história muito seriamente.

Para um menino tão pequenino que só tinha escutado a história do Natal uma vez, contou a história com exatidão… até chegar à parte onde Maria coloca o Menino Jesus na manjedoura.

Então o João começou a acrescentar.
Inventou o seu próprio fim da história: «E quando Maria colocou o bebé na manjedoura, Jesus olhou para mim e perguntou-me se eu tinha um lugar para ir.
Eu disse-lhe: não tenho mãe nem tenho pai, por isso não tenho com quem ficar.
Então Jesus disse que eu podia ficar com ele. Mas eu disse-lhe que não podia porque não tinha um presente para oferecer como tinham feito as outras pessoas que o tinham vindo visitar.
Mas tinha tanta vontade de ficar com Jesus que comecei a pensar no presente que lhe podia dar. Pensei que se o conseguisse manter quente naquela noite tão fria seria um bom presente.
Perguntei a Jesus: se eu te mantiver quente durante esta noite tão fria, isso seria um bom presente?
E Jesus disse-me: ‘Esse era o melhor presente que me podiam dar’. Por isso eu também me meti na casinha do presépio e Jesus olhou para mim e disse-me que podia ficar com Ele… para sempre».

Quando o pequeno João estava a terminar a história inclinou-se em cima da mesa e começou a chorar e a soluçar. O pequeno órfão tinha encontrado alguém que nunca o abandonaria, que estaria sempre com ele. Para sempre.

O jovem ficou a pensar no presépio do João e comentou com o amigo: «Acredito que Jesus o convidou mesmo a estar com Ele para sempre».

Jesus faz esse convite a todas as pessoas, mas para O escutar é preciso ter um coração de criança.


 



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Terceiro Domingo do Advento (ano C)


«Alegrai-vos no Senhor»

O terceiro domingo do Advento é particularmente jubiloso e alegre na sua mensagem.
Não se trata de uma alegria qualquer, mas de uma alegria religiosa, comedida, comunitária: “Alegrai-vos”, porque “o Senhor está próximo”.

Esta alegria é um dos testemunhos mais convincentes que os cristãos podem dar.
Geralmente, a amargura, a depressão e o desengano abundam mais do que a alegria serena e contagiante.
Esta é um dom do Espírito Santo, mas só está ao alcance de quem cultiva a vivência de Deus e a espiritualidade evangélica.

O Evangelho põe de relevo que João Baptista tinha uma personalidade impressionante.
Para Jesus, ninguém nascido de mulher foi maior que João Baptista. Como profeta, impressionava fortemente a gente que o ouvia.
De facto, ele não andava pelas ramas; os seus princípios eram claros e as suas mensagens muito concretas e objetivas:
“Não useis de violência com ninguém”;
“Quem tem duas túnicas reparta com aquele que não tem nenhuma”.
João propunha uma conversão pessoal para que depois se reproduzisse na comunidade.

O Evangelho testemunha que a aproximação a João Baptista despertava sinceridade e interrogações.
Perguntavam-lhe: “ Que havemos de fazer?”
E ele recomendava honradez, justiça e solidariedade, porque o amor é a melhor onda para estarmos ligados a Deus, e a conversão só é autêntica se se manifestar com sinais e gestos de justiça e de solidariedade.
Se fizermos nossas as perguntas que as gentes faziam a João, prepararemos o Natal como deve ser.

O precursor de Jesus chegava até à gente.
A sua mensagem tinha verdadeira autoridade.
À volta da sua pessoa, bem depressa se formou um movimento religioso. Mas João encarregou-se de o canalizar para Jesus, porque – dizia- “Ele é mais forte do que eu”, “Eu não sou digno de Lhe desatar as correias das sandálias”.
João batizava com água; Jesus batizava no Espírito Santo e em fogo.



Oração
Espírito Santo, fogo de Deus, nós acreditamos que Tu nos acompanhas, nos proteges e consolas, que és fonte de segurança, de beleza e de alegria.
Pelo Batismo, recebemos a Tua presença em nós.
Aumenta a nossa fé, e ajuda-nos a viver a celebração da nossa amizade na Eucaristia.
Ámen.


Compromisso para durante a semana
Celebramos a alegria cristã, mas ficaram no ar as perguntas do Evangelho: E nós, que havemos de fazer para que haja mais alegria?
O que é que temos de fazer para vivermos com mais energia o Evangelho e para que na sociedade aconteça mais o Reino de Deus?
Hoje, como ontem, os cristãos têm ainda pela frente muito a fazer, tanto no plano individual como no social.
Preparemos o Natal com espirito evangélico.
Rezemos ao longo da semana, para que consigamos captar e transmitir tudo o que de belo e salvífico existe na vinda de Deus à nossa terra.



 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Melknassar, o quarto rei mago

Quando Jesus nasceu em Belém, apareceu no Oriente no céu uma estrela brilhante.

Os magos disseram entre si:
- Sigamos a estrela, que ela irá indicar-nos onde se encontra o Salvador do mundo.

Eram três reis e chamavam-se Gaspar, Belchior e Baltazar.

Ao chegarem à casa onde se encontrava o Menino, adoraram-no e ofereceram-lhe os seus presentes: Ouro, Incenso e Mirra.

Mas houve um quarto rei chamado Melknassar, que se atrasou e teve de fazer a viagem sozinho.

Ao fim do primeiro dia de viagem, chegou junto a uma cabana.
Sobre ela parou a estrela.
Entrou e lá dentro jazia um velhinho doente e a chamar por socorro.
O quarto rei não o abandonou.
Fez-lhe os curativos e alimentou-o.
Ficou ali até ele curar.

Depois, partiu de novo, seguindo a estrela.

No outro dia encontrou um homem faminto.
Cheio de compaixão, repartiu com ele os seus alimentos.

Mais adiante, ouviu prolongados gemidos.
Era um idoso a tremer de frio.
Com ele repartiu a sua roupa.

O quarto rei continuou o seu caminho, socorrendo os infelizes que encontrava.
Para isso, até já tinha vendido a sua coroa de ouro.

Um dia, encontrou uma família muito triste.
O pai estava para partir à procura do Messias de quem ouvira falar e se encontrava na Judeia, para lhe pedir ajuda.
Mas o quarto rei disse-lhe:
- Eu vou no teu lugar!
O camelo entretanto morrera de cansaço.
O rei partiu a pé a caminho de Jerusalém.
Ao chegar à cidade, sentiu um ambiente muito triste.
Perguntou onde se encontrava o Messias e disseram-lhe:
- Foi morto há três dias. Crucificaram-no no Calvário.
O quarto rei foi ao Calvário e lá estava cruzes vazias.
Lamentou-se dizendo:
«Há mais de trinta anos à procura do Messias, e não o pude ver vivo!»
De repente, viu um jovem vestido de branco que lhe disse:
- Por que te lamentas?
O quarto rei explicou a sua história a esse jovem radiante de luz.
Este disse-lhe:
- Não te lamentes. Tu já o encontraste mais de uma vez no teu caminho.
O quarto rei perguntou-lhe:
- Mas quem és tu?
Ele respondeu:
- Eu sou Jesus vivo. Passei da morte para a vida sem fim. E tudo o que fizeste aos pobres e infelizes, a mim o fizeste!

Jesus mostra-se de mil maneiras: como doente, abandonado, faminto, triste, como luz, como verdade, como caminho… para experimentarmos o que vale, só faz falta verdadeira ânsia de O encontrar e boa vontade.
Devemos ser sinal do Evangelho e símbolos do encontro com Jesus Cristo.


Segundo Domingo do Advento (ano C)

 
"Preparai o caminho do Senhor"
 
A voz dos profetas, incitando à esperança e à conversão, e lembrando como se devem preparar os caminhos do Senhor, tem um único objetivo: que todos possam ver a salvação de Deus.
Não será possível desfrutar e, muito menos, deixar-se contagiar pela salvação, se tivermos um coração distorcido, umas relações ásperas ou uma maneira de ser que não é sincera e simples.

O que a mensagem de hoje nos propõe é que abramos caminhos para que a salvação corra com fluidez.
Isso só será possível se endireitamos aquilo que está torto, se eliminarmos asperezas, se retificamos certos equívocos… Com uma linguagem figurada, a Palavra de Deus pede-nos que arrasemos terrenos, que terraplenemos campos, quer dizer, pede-nos que melhoremos a mentalidade e eliminemos os obstáculos que impedem a irrupção do Reino de Deus.

A conversão avança quando os verdadeiros valores invadem a nossa sensibilidade.
Todos temos capacidade para apreciar os valores essenciais da vida, principalmente se tivermos uma consciência reta e nos deixarmos questionar pelo Evangelho.
Ao contrário, se nos desleixarmos e não nos pedirmos contas, perde-se a consciência e não se afina a captação dos valores humanos e evangélicos.

Hoje, João Baptista salta para o primeiro plano do Advento com uma mensagem clara e direta.
Pregava “um batismo de conversão para o perdão dos pecados”.
Chegou mesmo a arriscar a vida nesta missão de profeta.
A sua palavra quente, apaixonada e feita testemunho foi o complemento dos sinais que realizava.

O Advento é uma chamada a levantar o moral, a reforçar a espiritualidade, a direcionar o comportamento, a crescer no entusiasmo evangélico e, socialmente, a eliminar desigualdades injustas e a clarificar os direitos e as responsabilidades humanas. Se assim fizermos, muitos dos nossos vizinhos poderão “ver” a salvação de Deus.


Oração
Senhor Jesus, nós acreditamos que és o Filho de Deus que veio ao mundo para nos dar a conhecer o grande amor que o Pai nos tem.
Aumenta a nossa fé, e ajuda-nos a viver a alegria de Te encontrar na oração.
Ámen.


Compromisso para durante a semana
Todos os acontecimentos importantes carecem de preparação.
No Advento, nós, os cristãos, recordamos que a vinda de Jesus nos pede uma verdadeira transformação interior.
É nisto que consiste o “preparar o caminho” ou o “endireitar as veredas”.
Embora Deus no acompanhe continuamente, no Advento e no Natal há um chamamento peculiar a acolher as iniciativas e os gestos de salvação.
Que cada um de nós medite nisto e o ponha em prática ao longo da semana.
Os compromissos e os trabalhos do dia a dia estão à nossa espera.

                                                                                                                
 
 
 
 
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria

Uma vez uma criança chamada João Bosco teve um sonho.
Viu uma mulher muito bonita, vestida de branco.
Joãozinho perguntou-lhe:
- Quem és tu?
Ela respondeu:
- Eu sou aquela que a tua mãe te ensinou a saudar três vezes ao dia.

Ainda hoje é costume os cristãos saudarem Nossa Senhora três vezes ao dia, recitando a Ave Maria.

O anjo do Senhor anunciou a Maria.
E ela concebeu pelo poder do Espírito Santo.

O anjo do Senhor. Quem era este anjo da Anunciação?
Era o anjo Gabriel.

Gabriel aproxima-se da menina Maria, jovem de uns 16 anos, e começou por saudá-la:
«Ave, cheia de graça. O Senhor está contigo!»
Uma linda saudação pois diz duas coisas muito bonitas: diz que Maria é imaculada, sem pecado e que Deus está com ela.

Cada um de nós é convidado a ser como o Gabriel, isto é, saudar as pessoas e levar-lhes a notícia de que Deus está com elas e as ama muito.


Eis aqui a escrava do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua Palavra.

Maria é convidada para ser a mãe de Jesus. Ela é livre de dizer sim ou não. Está toda a gente a ver qual a resposta que Maria iria dar ao anjo Gabriel.

E eis que Maria, depois de fazer perguntas e de ter pensado no seu coração, respondeu alegremente:
«Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra.
E houve festa no céu.

Cada um de nós é convidado a ser como Maria. Ela nunca teve pecado e foi sempre muito amiga de Deus.
Lia nas Escrituras que Deus fez com um povo uma aliança de amor. E também ela queria ser fiel a essa aliança, amando-o de todo coração.


E o Verbo Divino incarnou.
E habitou entre nós.

Quem é esse Verbo Divino?
É Jesus Cristo.

Ele, graças ao sim de Maria, habitou entre nós como quem monta uma tenda no nosso acampamento. Como quem faz a sua morada no meio de nós. Como quem sente alegria em estar connosco. Jesus Cristo fez-se um de nós, para nos levar à felicidade.



Oração

Maria Imaculada, dá-nos:
Um pouco da tua força na minha fraqueza,
Um pouco da tua coragem no meu desalento,
Um pouco da tua luz para a minha escuridão,
Um pouco da tua chama para o meu gelo,
Um pouco da tua luz para a minha noite,
Um pouco da tua alegria para a minha tristeza,
Um pouco da tua sabedoria para a minha ignorância,
Um pouco do teu amor para o meu egoísmo,
Um pouco do teu carinho para a minha indiferença,
Um pouco da tua esperança para os meus desesperos,
Um pouco do teu amor a Deus para a minha pouca fé,
Um pouco da tua felicidade para a minha sede de vida.

Mãe Imaculada, tudo isto te pedimos, porque te encontras no meio de nós e nos escutas com amor de mãe.
Ámen.


 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Primeiro Domingo do Advento (ano C)


                                                   «Vigiai e Orai em todo o tempo»

É com este convite que iniciamos um novo Ano Litúrgico e um novo tempo - o tempo do Advento.

O Advento, como período que antecede o Natal, reduz-se a quatro semanas.
 Mas, o verdadeiro Advento não tem limites.
É tarefa de todo o ano e de cada dia.
É um desejo, uma atitude da alma.
O Advento é um dinamismo de vigilância e de espera em que sobressai a esperança, um valor de grande estímulo face a tanta rotina, desalento, cansaço e vistas curtas.
Todos precisamos urgentemente da esperança. Sem ela, não se pode sobreviver. Ela renova sempre, revitaliza, alimenta a ilusão e o compromisso.
É essa esperança que animou a tantas gerações de crentes aquela que nos desafia a nós em cada Advento.
Há quem veja no Advento um ótimo antídoto contra todas as formas de desmotivação, de pessimismo e de frustração, e proponha:

- Contra a velhice de espirito, a juventude do Advento.
- Contra o desalento crónico, a esperança do Advento.
- Contra o pessimismo generalizado, a ilusão do Advento.
- Contra a tristeza doentia, a alegria do Advento.
- Contra o cansaço agudo, o espirito do Advento.
- Contra a rotina inconsciente, a vigilância do Advento.
- Contra a incapacidade radical, a oração do Advento.

Jesus é a maior hipótese de esperança para que a humanidade inteira e cada um de nós possamos avançar.
É Ele que, diariamente, e de múltiplas maneiras e através de diferentes símbolos, como a sua Palavra, a comunidade, os sacramentos, os pobres, certos acontecimentos, a cruz de cada dia, Se aproxima de nós… que nos encontra de rastos pela rua, pelos caminhos… O Evangelho exprimiu-o com vigor: “Erguei-vos, levantai a cabeça, aproxima-se a vossa libertação!”

Este Advento convida-nos a caminhar pela vida de cabeça erguida e com a consciência tranquilha, ou seja, com dignidade.
Para isso, é imprescindível estar acordados, vigilantes e de boa saúde moral, porque com o espirito embotado não se vai a nenhum lado.
Por isso:

- Quando nos enchermos de projetos, é Advento.
- Quando acreditamos na utopia, é Advento.
- Quando temos fome e sede de justiça, é Advento.
- Quando trabalhamos pela paz, é Advento.
- Quando pedimos que venha a nós o Reino de Deus, é Advento.
- Quando esperamos um novo céu e uma nova terra, é Advento.
- Quando sofremos com paciência, é Advento.
- Quando semeamos o Evangelho, é Advento.
- Quando oramos para fortalecer o compromisso, é Advento.
- Quando dizemos: “Vinde, Senhor Jesus”, é Advento.


Oração

Deus Pai, nós acreditamos que Tu nos criaste por amor e nos chamas a amar.
Queremos responder com amor ao amor que tens por nós.
Aumenta a nossa fé, e ajuda-nos a preparar o nosso coração para Te acolher, vivendo o mandamento do amor.
Ámen

Compromisso para durante a semana

O Advento é tempo de conversão e de esperança.
Provavelmente, haverá zonas da nossa personalidade dominadas pela materialidade e, portanto, fechadas a Deus.
Para esta semana devemos REZAR e pedir na nossa oração “Vinde Senhor Jesus”, pois ainda precisamos de aprender a maneira de agradar a Deus com toda a nossa vida.



domingo, 4 de novembro de 2012

Os Olhos

 
 
Esta é a história de uma jovem cega que se odiava a si mesma, e a todo mundo, por ser cega.
Odiava a todos, menos ao seu namorado que a amava muito.
Um dia, conseguiu um par de olhos sãos, operaram-na e pôde ver.
Quando o conseguiu, o namorado perguntou-lhe se ela se casaria com ele, ao que ela respondeu que não, porque reparou que ele era cego.
O namorado, triste, compreendeu-a e despediu-se da sua vida.
Na sua partida deixou-lhe esta nota:
«Somente te peço que cuides muito bem dos meus olhos pois ofereci-tos e agora são os teus.
Amo-te».

Hoje, antes de dizeres algo destrutivo, pensa nos que não podem falar;

Antes de te queixares do sabor da tua comida, pensa naqueles que não têm de comer;

Antes de te queixares do teu marido ou da tua esposa, pensa naqueles corações solitários e tristes que esperam uma companhia;

Antes de te queixares dos teus filhos, pensa em quem não os tem e os deseja;

Quando estiveres cansado e resmungares pelo trabalho, pensa nos milhões que estão desempregados e queriam o teu;

Antes de apontares com o dedo, e começares a julgar, recorda que todos cometemos erros, e continuaremos a fazê-lo.

E quando o cansaço e as trevas te quiserem dominar e encher-te de pensamentos negativos e destruidores, SORRI!

SORRI e dá graças a DEUS, porque estás vivo e ainda andas por aqui.

Esta vida não é eterna para ninguém.

É uma graça, uma aventura, uma celebração, uma bela viagem.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A vida continua

Novembro é o mês em que se recordam os que já partiram deste mundo.
Mas será a morte um fim ou uma passagem?
Eis a resposta de Santo Agostinho.

«A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês, eu continuo vivo.
Dêem-me o nome que sempre me deram, falem comigo como sempre fizeram.
Vocês continuam a viver no mundo das criaturas, eu estou a viver no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuam a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
A vida significa tudo o que sempre significou, o fio não foi cortado.
Por que deveria eu estar fora dos vossos pensamentos, agora que estou apenas fora das vossas vistas?
Eu não estou longe, estou apenas do outro lado do caminho.
Vocês que aí ficaram, sigam em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi».


 
 
 
 
 
Imagens tiradas do blog Amiguinhos de Jesus
 
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dia de Todos os Santos

Nesta quinta-feira, dia 01 de novembro, a igreja celebra o dia de todos os santos.

Este dia, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos.



 
 
 
 
 
 
 
 
Imagens tiradas do blog Ser Mais
 
 
 
 



quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Decálogo da Santidade


No dia 1 de Novembro celebra-se o dia de Todos os Santos.
Por isso surgo a leitura destas dez belas propostas.

1- Sede santos por opção e não por distração.

2- Sede santos do quotidiano, nas tarefas e ocupações de cada dia, e não só em momentos heroicos ou eufóricos.

3- Sede santos dentro do mundo do nosso tempo: amai-o com as suas belezas e potencialidades, com as suas crises e misérias.

4- Sede santos da gratuidade, da doação e do serviço que não tem preço nas cotações da Bolsa.

5- Sede santos que se deixam habitar pelo mistério e pela santidade de Deus, e não turistas da santidade que só a veem e admiram de longe nos outros.

6- Sede santos em comunidade e em família; uns com os outros, uns para os outros, ajudando a dar passos em frente.

7- Sede santos penitentes, humildes, conscientes de que «Deus é sempre maior».

8- Sede santos protagonistas de uma humanidade exemplarmente assumida e vivida: santos plenamente homens, cuja santidade enriquece e embeleza a sua humanidade.

9- Sede santos de amor puro, verdadeiro, casto, fiel, alegre e sorridente.

10- Sede santos da alegria e da esperança, que ajudam a descobrir as belezas do caminho e possibilidades de vida nova.


domingo, 28 de outubro de 2012

Chiara Luce



Esta jovem faleceu há 21 anos com apenas 19 anos de idade.
Suportou o sofrimento com amor, serenidade, paz e fé.
Foi beatificada por Bento XVI.

Chiara nasceu em 1971 numa pequena cidade a norte de Itália, filha única de Ruggero e Maria Teresa Badano. Apaixonou-se muito cedo pelo canto, dança, natação e ténis. Mas gostava sobretudo do mar e da montanha.

Em 1981, com apenas 10 anos, conheceu o movimento Focolari.
Desde então colocou Jesus no centro da sua vida: missa quotidiana, oração e apostolado junto dos amigos. Era uma jovem bonita, cheia de vida, dinâmica. Queria ser uma cristã coerente na família, com os amigos, com os mais pobres.

«Ainda me resta o coração»
No verão de 1988, quando a jogava ténis, sentiu uma dor forte nas costas. O mal piorou. Os médicos diagnosticaram um tumor nos ossos. Chiara foi submetida a uma operação, mas sem sucesso e deixou de andar.
Durante a doença, repetia sem cessar: «Por ti, Jesus, se Tu queres, também eu quero!» apesar de um tratamento doloroso, conservou o sorriso.
Recusou tomar morfina, para assim manter as capacidades mentais e concentrar-se no «essencial»: oferecer o seu sofrimento pela Igreja, pelos descrentes, pelo movimento Focolari e pelas missões.

Dizia ela: «Ainda me resta o coração e, mesmo se não tiver mais nada, ainda posso amar».

Durante o tempo em que esteve doente, correspondeu-se com Chiara Lubich, a fundadora do movimento dos Focolari.
Esta animava-a a suportar tanto sofrimento, humanamente sem esperança, unindo-se a Cristo que também passou pela paixão antes de chegar à Páscoa.

Chiara morreu a 7 de Outubro de 1990, após uma noite muito dolorosa.

No funeral estiveram mais de duas mil pessoas.
O bispo que presidiu ao funeral disse: «Eis o fruto da família cristã, de uma comunidade de cristãos. Ela transformou estes dois anos de sofrimento em amor».

Todos os anos, no aniversário da sua morte, o seu túmulo cobre-se de flores.
E de toda a parte chegam mensagens de jovens, para quem o testemunho de Chiara Luce foi uma luz que iluminou as suas vidas.

No dia 25 de setembro de 2010, 25.000 pessoas assistiram à sua beatificação no Santuário do Divino Amor, perto de Roma.

A sua festa é celebrada a 29 de Outubro.


    

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A mulher avarenta



Era uma vez um sábio que gostava de dar conselhos.
Muitas pessoas escutavam as suas sentenças e regressavam a sua casa com mais luz para as suas vidas.
Um dia, um homem veio ter com ele a queixar-se que tinha uma mulher muito avarenta.
O sábio mandou que, no dia seguinte, viesse acompanhado pela sua mulher.
Quando a mulher estava diante do sábio, este pôs-lhe diante do nariz, sem dizer palavra, um punho fechado.
A mulher, espantada, perguntou:
- O que quer dizer com isso?
- Imagina que o meu punho estava sempre assim; como o definirias?
- Seria uma mão deformada.
Então, o homem apresentou diante dos olhos da mulher a mão desta bem aberta e disse:
- E agora imagina que a minha mão estava sempre assim; como a definirias?
- Seria uma mão deformada.
O homem acrescentou:
- Disseste bem. Uma mão, para não ser deformada, deve saber guardar e também repartir.


A mão é deformada quando é tão aberta que gasta tudo e não sabe guardar nada para o dia de amanhã.
Mas é também deformada quando se mantém sempre tão fechada que não sabe partilhar, repartir, dar.
Haja mãos perfeitas.


domingo, 7 de outubro de 2012

Diversidade de dons e um só espírito


Em certa ocasião, as cores começaram a discutir, pois cada uma queria ser a mais importante.

O verde alegava que era a cor da vida e da esperança e a mais espalhada na natureza.
O azul reivindicava ser a cor da água e do céu, do mar e da paz.
O amarelo dizia ser a cor da alegria, do sol e da vitalidade.
O laranja pretendia ser a cor da saúde, da vitamina e da força.
O vermelho sublinhava a sua força e valor, a sua paixão e o seu fogo.
A púrpura afirmou que era a cor da nobreza e do poder.
O anil fazia notar que era a cor do silêncio, da reflecção, da oração e do pensamento profundo.

A chuva, que estava a ver a disputa, interveio com toda a sua força.
As cores aconchegaram-se entre si, e fundiram-se umas nas outras.
Quando a chuva parou, abriram-se num arco-íris e todas e cada uma delas luziu a sua beleza e caíram na conta da beleza do conjunto.


Apesar das nossas diferenças, fraquezas, falhas e teimosias, podemos alcançar um caminho de felicidade, beleza e plenitude se dermos espaço à união.
Se, pelo contrário, quisermos fazer união apenas com aqueles que julgam não ter defeitos, jamais a construiremos.



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Celebrar o Ano da Fé



O Papa Bento XVI convida-nos a iniciar a celebração do Ano da Fé a 11 de Outubro, dia em que comemoramos os 50 anos do início do Concílio Vaticano II.
As bodas de oiro do início do Concílio, constituem ocasião providencial para dar começo a um ano que o Papa chamou “Ano da Fé”.
Ano para refletir sobre a Fé, para pedir a Fé, para evangelizar a Fé no coração de muitos, para procurar ter uma Fé mais adulta, mais amadurecida, mais culta.
Uma Fé mais evangélica, que impregne toda a vida e nos ajude a viver com mais intensidade a adesão a Deus, à sua Palavra, ao seu Amor.
Por feliz coincidência, o ano da Fé tem também como base de reflexão e de estudo os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica pelo Papa João Paulo II.
Ler o Catecismo, estudá-lo, rever os seus ensinamentos será excelente ocasião para amadurecer a Fé e fazê-la crescer em nós.
A Fé tem que estar em comunhão com a vida, com a inteligência, com a vontade, com o coração.
Uma fé adulta não admite superstição, bruxaria, espiritismo, artes diabólicas.
Fé não significa só acreditar em verdades, em dogmas, não se pode fixar só em rezar o Credo.
A Fé, se é verdadeiro, passa e embebe a vida toda, compromete o nosso ser e nosso coração, ilumina a inteligência e faz-nos pensar como Jesus Cristo.
A Fé adulta está ligada à esperança e à caridade.
As três virtudes fazem um conjunto unido e harmónico.
Daí que a Fé leva a viver em ardente esperança e em caridade sem limites.
Uma vida de fé em que tudo nos fala de Deus e do seu amor.
E a Fé viva leva-nos à evangelização apaixonada e apaixonante, pois desejamos que todos conheçam Jesus e o seu Evangelho, a sua Vida e o seu Amor.

O Concilio Vaticano II, que teve início a 11 de Outubro de 1962, foi um novo Pentecostes para a vida da Igreja.
Os seus ensinamentos e os seus documentos continuam a ter uma contínua atualidade e encanto doutrinal e eclesial.
Precisamos de ler e estudar com cuidado os ensinamentos conciliares e perceber quanto nos enriquecem a fé e a vida.
Precisamos de assimilar a sua doutrina e de a colocar em prática, no quotidiano da vida pessoal e comunitária, pois ainda não vivemos a sério e com audácia o que o Concilio nos ensinou.
Por outro lado temos diante de nós um Ano da Fé para saborear mais e melhor todas as maravilhas que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina.
Muitos de nós nunca lemos ou refletimos sobre o Catecismo de um modo cuidado e sério.
É o momento oportuno de em particular, em família, em grupo cristão, em movimento apostólico, em grupos paróquias nos debruçamos a ler, a estudar as riquezas do Catecismo.
Somos um povo piedoso mas pouco culto. Daí que este Ano da Fé, com os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, nos pode ser a todos de grande utilidade.
Todos precisamos de mais conhecimentos, de pensar de um modo mais evangélico, de ter sentimentos mais eclesiais, atitudes mais de acordo com a Palavra de Deus e o Magistério da Igreja.

Desejo a todos como cristãos a sério, saibam viver o Ano de Fé com muito encanto, muita paixão por Jesus e pela sua Igreja.





O símbolo que acompanha o novo ANO de FÉ é representado por um barco.
Se repararem com mais atenção percebem que o mastro deste barco é uma cruz, onde são içadas as velas, formando assim o trigrama do nome de Cristo (IHS).
Ao fundo, na imagem, apresenta-se um sol, símbolo associado à Eucaristia.


Se olharmos este barco como sendo a nossa própria vida, podemos interpretar que este só poderá ser conduzido com muita fé e confiança em Jesus, não nos deixando desanimar pelas dificuldades do quotidiano, mas procurando sempre aumentar a nossa fé!



domingo, 30 de setembro de 2012

Teresa de Lisieux

 
 
Teresa Martin nasceu no ano de 1873 em Alenson (França).
Recebeu a educação no Convento Beneditino de Lisieux.
O exemplo da sua irmã Paulina, ao ingressar na Ordem das Carmelitas, levou a pequena Teresa a pedir para entrar no convento quando tina apenas nove anos. Logicamente que não era possível.
Teresa, aos 14 anos, pediu mais uma vez para entrar. Como lho proibissem por causa da idade, foi a Roma pediu ao Papa Leão XIII a necessária autorização. Os seus desejos tornaram-se realidade 1888, tinha ela 15 anos.
 
Fez a profissão religiosa como Carmelita em 1890. De saúde frágil, uniu os seus sofrimentos à paixão de Jesus e aceitou o inevitável sofrimento com um rosto sorridente.
Teresa queria ser santa e parecia-lhe ver uma distância muito grande entre ela e os santos. Descobriu que esse caminho consistia em ter uma confiança filiar em Deus, entregando-se a ele, como uma criança se abraça ao pescoço do pai ou se senta ao seu colo. Para Teresa, o caminho curto e direto era a «infância espiritual».
Embora não tenha saído do mosteiro, tinha presente no seu coração todos os povos que ainda não conhecem a Cristo. Por isso, foi declarada Padroeira das Missões.
Nas muitas incompreensões e na doença, manteve uma atitude de esperança e de serenidade.
Prometeu que, ao chegar ao céu, enviaria para a terra muitas rosas.
 
Morreu em 1897, apenas com 24 anos de idade, oferecendo a sua vida pela igreja.
 
A sua festa celebrasse a 1 de Outubro.
 
 
Oração das rosas
 
"Santa Teresinha do MENINO JESUS, modelo de humildade, confiança e de amor!
Do alto dos céus derrame sobre nós estas rosas que levas em teus braços:
A rosa da humildade para que vençamos nosso orgulho e aceitemos o Evangelho;
 
A rosa da confiança, para que nos abandonemos à vontade de DEUS;
 
A rosa do amor, para que abrindo nossa alma à graça Divina realizemos o único fim para o qual DEUS nos criou: Ama-Lo e fazer com que Ele seja Amado,
 
Tu que passas teu Céu fazendo o bem na Terra, ajuda-me nas necessidades e proteja-me contra todo o mal.
 
Amém."
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Oração de inicio de ano lectivo

'Senhor, neste novo ano letivo, quero pedir-te que me acompanhes nesta importante viagem do Conhecimento que agora recomeça.
Nestes tempos que são difíceis, nada poderemos sem a tua ajuda amiga.
Vem connosco pois em ti está a nossa esperança e confiança!
Tu que tudo sabes e tudo podes, ajuda-nos a aprender muito e bem na aventura da procura da Sabedoria.
Tu que és o Caminho, a Verdade e a Vida, vem comigo e com os meus colegas!
Tu que és o Alfa e o Ómega, auxilia-nos na descoberta da vida e do mundo!
Tu que és nosso amigo e nosso irmão, ensina-nos a cultivar os verdadeiros valores!
Que eu consiga ser feliz e realizar-me, com o meu empenho e responsabilidade!
Que o meu estudo e a minha vida seja um projecto de crescimento integral!
Que eu crie alicerces sólidos para o futuro e possa ajudar a construir um mundo melhor!
Abençoa os meus pais que se esforçam e se sacrificam tanto para que eu tenha as melhores oportunidades e possa ter uma vida melhor do que aquela que eles conseguiram!
Abençoa os meus professores no seu empenho e responsabilidade de ensinar para que eu aprenda mais e melhor e que eles sejam capazes de levar a cabo a sua missão de autênticos educadores!
Abençoa os funcionários do meu colégio que tudo fazem para que eu tenha as melhores condições de trabalho e qualidade de vida para que o meu esforço seja coroado de êxito.
Abençoa a Direção do Colégio e os Assessores que no dia a dia estão connosco na sua preocupação pedagógica e disciplinar e que procuram assegurar que tudo decorra pelo melhor para que eu tenha sucesso pessoal e académico.
Abençoa os meus colegas de turma e todos os demais alunos do Colégio, oriundos das mais variadas localidades das redondezas para que todos se empenhem e sejam responsáveis nas tarefas escolares!
Senhor, ilumina-nos, inspira-nos e guia-nos para que todos encaremos com entusiasmo o desafio do verdadeiro Conhecimento e da autêntica Sabedoria!
Que todos juntos sejamos uma grande e bonita família!
Que todos sintamos o Colégio como a nossa segunda casa!
Que todos sejamos felizes, amigos, justos e solidários!
Amen'.

Professor de EMRC  Paulo Costa

domingo, 24 de junho de 2012

O dinheiro é o laço do diabo



Corre entre o povo de algumas regiões do Brasil a história do laço do diabo. 
Conta-se assim:

Era uma vez três rapazes que sempre ouviam uma voz que dizia: 
-você já viu o laço do diabo

Um dia iam os três por uma estrada fora quando encontraram no meio do caminho uma nota muito grande. 
Um deles apanhou aquela nota e qual não foi o seu espanto ao ver que atrás daquela vinha outra exactamente igual e depois outra, e outra, e outra… 
Quando juntou todo aquele dinheirão disse para os colegas: 
-Agora um de vós vai comprar um litro de cachaça para comemorarmos este rico achado

Um deles foi mas, pelo caminho, começou a pensar:
-Todo aquele dinheirão pode ser meu se eu envenenar a cachaça. Eles beberão e morrerão
Os outros dois que ficaram combinaram: 
-Quando ele chegar vamos matá-lo e dividir o dinheiro a meias

Quando chegou o da cachaça os outros dois caíram em cima dele e mataram-no. 
No fim, para comemorar o facto, resolveram beber a cachaça mas acabaram por morrer envenenados. 
 
Assim os três caíram no laço do diabo que é o EGOÍSMO
Cada um pensava em si e não nos outros. 




terça-feira, 12 de junho de 2012

Os dias já tiveram 25 horas…





Um dia todos os Santos Doutores da corte celestial reuniram-se no céu para resolver um problema que muito os afligia.
O problema era este: na terra as pessoas não tinham tempo para rezar. 
Que fazer para resolver este problema? 
É que, afirmavam eles depois de o terem pregado e escrito nos seus livros enquanto viveram no mundo, a oração é tão necessária para a alma como o ar que respiramos para a vida ou o pão para a boca. 

Após muito diálogo e sugestões, decidiu-se que um deles, o presidente da reunião, fosse pedir a Deus, senhor do tempo, que, a título de experiência, prolongasse o dia, acrescentando-lhe mais uma hora. 
Assim com um dia de 25 horas e não de 24, as pessoas certamente teriam mais tempo para rezar. 
Perante o zelo dos Santos Doutores, Deus concordou mas só a título de experiência e por um certo período de tempo. 

Para ver como as pessoas reagiram a esta bondade de Deus em prolongar o tempo, alguns Santos Doutores deslocaram-se à terra, sob a forma humana, para ouvir as suas reacções. 
Todos acharam a ideia magnífica. 
Os homens de negócios tiveram mais tempo para multiplicar os contactos comerciais e assim ganhar mais dinheiro; 
Os operários, trabalhavam mais uma hora e viam o seu salario aumentado; 
Os desportistas treinavam mais uma hora por dia e assim subiu o nível das competições; 
Os amigos da vida nocturna desfrutaram de mais uma hora para a sua boémia; 
As pessoas amigas das telenovelas deram graças a Deus por poder passar mais uma hora diante da televisão; 
Os preguiçosos deliciaram-se com mais uma hora de sono; 
Os que estavam de férias acharam a ideia estupenda porque assim podiam descansar mais uma hora e bronzear melhor a pele, na praia… 

De regresso ao céu aquela comissão de Santos doutores reuniu-se com os que tinham ficado e expuseram com tristeza o que se tinha passado com essa hora extra que servia para tudo menos para rezar. É certo que algumas pessoas a tinham aproveitado para se unir mais a Deus. Mas essas… eram os que não precisavam da hora extra porque já sentiam necessidade de rezar mesmo com o dia normal de vinte e quatro horas. 

Foram ter com Deus e contaram-lhe tudo o que tinha acontecido. Deus concordou com eles e concluindo: a oração não é uma questão de tempo, mas de amor. Quando se ama alguém, há sempre tempo para estar na sua companhia. 
E acrescentou: mesmo que eu fizesse os dias de trinta ou quarenta horas ainda haveria muita gente a queixar-se “não tenho tempo para rezar”, o que quer dizer não amo a Deus acima de todas as coisas. 

A partir desse momento, foi anulada a vigésima quinta hora do dia porque não cumpria a finalidade para que tinha sido criada.




sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ser Criança é...



Ter medo do escuro...
Acreditar que tudo é possível... 
Desejar tudo o que se vê... 
Querer saber o porquê de tudo... 
Olhar e não ver o perigo... 
Fazer amigos antes de saber o nome deles... 
Querer reinar no sol e rolar nas nuvens... 
Acreditar que tem um amigo invisível... 
Ver a vida com olhos de inocência... 
Estar de mãos dadas com a vida. 




domingo, 27 de maio de 2012

Os frutos do Espírito Santo

smilie Os frutos do Espirito Santo são perfeições que o Espirito Santo forma em nós, como primícias da glória eterna. 
A tradição da Igreja, (inspirada num enxerto da Carta aos Gálatas Gal.5,22-23) enumera doze: 
Caridade, Alegria, Paz, Paciência, Bondade, Longanimidade, Benignidade, Mansidão, Fé ou Fidelidade, Modéstia, Temperança e Castidade. 

Podemos mencionar alguns frutos da Criação, de modo que eles nos evoquem recordem os doze frutos do Espirito santo. Mas para colher e acolher os frutos do Espirito Santo, aprendamos também a lição dos frutos da terra. Num caso, como noutro, «pelos frutos se conhece a árvore» (Mt.7,20), disse o Mestre. 

1. Caridade – Morangos 
A caridade ou o amor é o primeiro fruto do Espirito Santo. É o vínculo da perfeição e a plenitude da Lei. 
Os morangos são como que os vegetais corações das coisas, sinais da cor e do amor… do amor de Deus derramado em nossos corações, pelo Espirito Santo. 

2. Alegria – Uvas 
A alegria é um fruto semeado e plantado na vinha cavada no nosso coração. 
As uvas é o precioso fruto do qual se faz o bom vinho, que alegra o coração do Homem. 
O vinho, que quanto mais velho, mais guarda as virtudes do sabor e do gosto. 
O Espirito dá-nos uma tal alegria que resiste ao tempo, é completa e ninguém mais no-la poderá tirar. 

3. Paz – Azeitonas 
A paz, anunciada no ramo de oliveira dos tempos de Noé é o fruto primeiro da Páscoa do Senhor. 
A azeitona é apresentada no ramo pendurada, suspensa no bico da pomba… do Espirito. 
Ela fala-nos da remotíssima interpenetração dos reinos minerais, vegetais e animais. Onde Deus, o Homem e a Criação repousam juntos. 
«Dorme meu menino, que a mãezinha logo vem… Paz é saber que todos se amam e se querem bem». 

4. Paciência – Nozes 
A paciência é o fruto mais procurado no mercado da vida diária que tanto e sempre nos consome. 
As nozes, é fruto que dura todo o ano, mulher de dentro de casa, dura por fora, doce por dentro, não tem presa, não tem voz. Espera sempre por nós. Ensina-nos a paciência, a demora, entre a apanha e o sabor. 

5. Bondade – Pêssego (peludo) 
Bondade. Só um é bom, disse de si o próprio Jesus a um jovem preso ao seu olhar. 
O pêssego tem a ternura de veludo macio. 
O pêssego sabe que é preciso, porque o coração do homem anda vazio e a bondade já não mora na nossa face. 

6. Longanimidade – Ananás 
Longanimidade. Coração grande, alma cheia. 
Aí está o ananas. Veio das terras de longe e traz uma mensagem quente de amor e a mistura viva do sangue da negritude e da sujeição… no largo espaço do perdão. 

7. Benignidade – Laranja 
Benignidade, que só vê e faz o bem, como o olhar puro da infância. 
As laranjas antes de serem fruto, são mistério de perfume da infância. 
Sol que é sumo de ouro refrescante no deserto das nossas vidas. 

8. Mansidão – Cereja 
Mansidão. Manso de coração, o Mestre deixa-se «comer» na Ceia e entrega-se em sacrifício na cruz, de braços abertos para o perdão. 
As cerejas de pele lisa, deixam-se comer na generosa partilha dos pardais. 
Comem-se no sossego dos portais de granito, quando a amizade passa de mão em mão… 

9. Fidelidade (Fé) – Maçã 
Fé e fidelidade são frutos da mesma raiz. 
E a maçã que foi tentação e desvio, volta, para ser presença quotidiana e humilde em casa de pobres e ricos. 
Fidelidade de todas as horas e dias. 

10. Modéstia – Amêndoa 
Modéstia. Para a dizer e ensinar quem como a amêndoa? 
Dela sabemos o gosto austero e a dura condição. 
Só a vê quem tem olhos limpos e conhece o valor dos pequenos gestos do coração. 

11. Temperança – Limão 
Temperança, doçura que não se desfaz, acidez sem veneno que não mata. 
Limão que é amargo e doce. Meu limão, meu limoeiro, minha sombra no jardim, fruto ácido, doce cheiro, és Espirito para mim. 

12. Castidade – Castanha 
Castidade, olhos puros de água cristalina, desejo de amor, sem vício da posse e do uso. 
A castanha friorenta, agasalhada em roupas espinhosas e flanelas macias, vem no tempo das primeiras chuvas e traz o cheiro da terra molhada e fecunda. 
Quer ser dádiva, segredo, certeza de que não estamos sós. 
Por isso se mantém pura e resguardada para as núpcias da terra com o céu. 


O mais importante é gostar dos frutos por eles serem o que são: química que não se cansa, transformação, dádiva, promessa de eterno regresso, certeza de que não estamos sós. Vêm todos os anos como Cristo, agora e sempre e em cada dia, na força do Espirito, no Pão e no Vinho da Eucaristia. 



sábado, 26 de maio de 2012

Espirito Santo (atividades)


Dons do Espírito Santo 

- Sabedoria 
Para escolher fazer o bem e não o mal. 

- Entendimento (inteligência ou discernimento) 
Para conhecer as coisas como são e não como aparecem. 

- Ciência (conhecimento) 
Para conhecer sempre o que se deve fazer.

- Conselho 
Para conhecer como agradar a Deus. 

- Fortaleza 
Para vencer todo o mal e tentação. 

- Piedade 
Para comportar-se diante de todos com justiça. 

- Temor de Deus 
Para conhecer, agradar e fazer sempre a vontade de Deus. 








Solução