quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Beijo da Mãe

Durante a Primeira Guerra Mundial, um jovem médico italiano chamado Agostinho Gemelli, prestava serviço num hospital.

Este homem atravessava uma crise de fé e não sabia que sentido dar à sua vida. O espectáculo dos feridos e da guerra absurda aumentava ainda mais a sua inquietação religiosa.

Um dia, um jovem soldado chamou por ele. Estava gravemente ferido e disse ao doutor Gemelli:
- Há algum tempo que o observo. Estou a morrer e tenho a certeza de que, se a minha mãe estivesse aqui, me daria um beijo. Desejava que fosse o senhor doutor a dar-me esta última saudação.

Aquele jovem médico sentiu um estremecimento.
Viu aquele rosto coberto de sangue e sentiu repugnância.
Mas beijou-o carinhosamente.
A partir desse momento encontrou a serenidade.

Quando terminou a guerra entrou num convento de franciscanos e tornou-se no famoso padre Gemelli, um dos fundadores da Universidade Católica de Milão.



Quando se descobre como somos importantes nesta vida para tornarmos alguém feliz, então a nossa vida tem sentido. E cada pessoa, ao nascer, traz consigo um projecto de vida a realizar. Não se pode demitir desta tarefa, pois o mundo necessita da colaboração da cada pessoa para se tornar cada vez mais habitável.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Este Jesus Desafia-me.



Ofendem-me, e Ele diz: - Perdoa.

Tenho medo, e Ele diz: - Não temas.

Duvido, e Ele diz: - Confia.

Sinto-me angustiada, e Ele diz: - A paz esteja contigo.

Prefiro o comodismo, e Ele diz: - Vem e segue-me.

Fascina-me os bens materiais, e Ele diz: - Desprende-te. Estou contigo.

Quero viver, e Ele diz: - Dá a tua vida.

Creio ser bom, e Ele diz: - Mais ainda.

Gosto de atenções, e Ele diz: - Serve.

Gosto de mandar, e Ele diz: - Obedece.

Desejo compreender, e Ele diz: - Crê.

Prefiro a objectividade, e Ele fala-me em parábolas.

Quero tranquilidade e Ele diz: - Vim trazer a guerra.

Puxo da espada, e Ele diz: - Mete-a na bainha.

Penso vingar-me, e Ele diz: - Dá a outra face.

Agrada-me o comodismo, e Ele diz: - Toma a cruz e segue-me.


Para mim este Jesus é realmente maravilhoso.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma Estranha Doença.




Uma estranha doença começou a espalhar-se por todo o mundo. Os que a sofriam, notavam que o seu coração se ia tornando cada vez mais pequeno. Iam perdendo as forças e a alegria. Só tinham vontade de estar deitados.
Os médicos não percebiam como isto era possível. Por mais medicamentos que receitassem, não conseguiam curá-los.
Alguns tentaram fazer transplantes de coração, mas voltava novamente a ficar pequeno. Já não sabiam o que fazer.
Entretanto, a doença ia-se contagiando rapidamente a mais pessoas. Os hospitais já estavam cheios e continuamente iam aparecendo novos doentes. Rapidamente, todo o mundo ficou doente do coração. Todos estavam deitados nas suas camas esperando o fim. Bom, quase todos.
Havia uma pessoa que não tinha sido contagiada. Era um velhinho que, ao contrário de todos, tinha um coração grande. O seu coração era maior que o normal. Dedicou-se a cuidar dos doentes.
Deu-se conta de que, se pegasse na mão do doente e lhe sorrisse, o seu coração pequeno começava a crescer. E quando deixava a mão do doente, o coração deixava de crescer. Depressa descobriu o que ninguém tinha podido descobrir: essa estranha doença, que encolhia os corações, era provocada pela falta de amor.
Pôs mãos à obra: começou a cuidar doente por doente.
Pegava-lhes na mão e sorria-lhes. Quando tinham o coração grande para amar, já se podiam levantar da cama e ajudá-lo a curar outros doentes.
Rapidamente foi-se estendendo por todo o mundo este novo medicamento, desconhecido por muitos. Começaram a aparecer em todas as partes pessoas de grande coração. Toda gente se curou e os seus corações voltaram a bater com força.
Desde então, ninguém mais voltou a sofrer daquela estranha doença. Basta pegar na mão e sorrir.



Perguntas para o diálogo

1- Quais eram os sintomas daquela estranha doença?

2- Quem foi o único que não se contagiou daquela doença? Porque que motivo não se contagiou?

3- Qual foi o medicamento que aquele velhinho descobriu para curar a doença?

4- Que faziam os que se curavam? Por que o faziam?

5- O que é o amor? Como é que se nota que uma pessoa ama os outros?

6- O que é que se passa quando não há amor entre as pessoas?

7- De que maneiras se pode dar amor a uma pessoa?

8- Pode viver-se sem amor? Porquê?

9- Existe essa estranha doença no mundo de hoje? Quais são os seus sintomas mais visíveis?

10- Que situações reflectem a falta de amor?

11- O que é que pensas do velhinho que ajudou a que todos se curassem? O que é que se teria passado se não tivesse entregue o amor que possuía?

12- De que formas podes oferecer na tua família, na escola, entre os amigos, o amor que levas dentro?



Actividades

• Fazer um grande cartaz. Recortar em cartolina dois corações vermelhos. Um deles cola-se sobre o papel branco que forra o cartaz. Neste coração, as crianças escrevem as boas acções que podem sair de um coração cheio de amor.

O outro coração recorta-se em muitos pedaços. Estes pedaços colam-se separados uns dos outros, deixando espaços em branco. Nestes espaços, as crianças têm que escrever tudo aquilo que destrói o amor, as acções que saem de um coração onde não há amor.

• Procurar em jornais e em revistas, fotografias e títulos que sejam sintomas de que no mundo há «uma estranha doença», ou seja, tudo aquilo que fale de violência, injustiça, pobreza, ódio, etc.

Com tudo isto fazer uma colagem intitulada: «Uma estranha doença».

• Cada criança será um médico e terá que curar um coração doente. De uma cartolina recortam corações pequenos. Nesses corações, é preciso escrever as coisas que se costumam fazer quando não há amor.

Depois coloca-se virado para baixo sobre a mesa. Cada criança escolherá um coração e esse será o seu paciente. Terá que fazer-lhe um diagnostico e depois dar-lhes uns «medicamentos» de forma a que fique completamente curado.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Epifania do Senhor



Dia de Reis

Vieram os três Reis Magos
Das suas terras distantes
Guiados por uma estrela,
Cujos raios cintilantes
Os levaram ao Deus Menino
Que, a sorrir de bondade,
Recebeu os seus presentes
E os acolheu com amizade.



Os Magos adoram a Jesus

O Evangelho de S. Mateus foi escrito para cristãos de origem judaica, convencidos de que os seus privilégios de “povo escolhido” continuavam em vigor. S. Mateus ensina-lhes que a salvação de Deus está aberta a quantos crêem e confiam em Jesus, sem importar raça, religião ou cultura. É este um dos motivos da festa da Epifania, palavra grega que significa: manifestação. Jesus mostra-Se (manifesta-Se) a todo o mundo.

Os Magos do Oriente são o contraponto de Herodes. Herodes é o rei do povo escolhido, conhece as escrituras e a profecia de que um Messias vai nascer em Belém. No entanto, não aceita Jesus e só procura matá-Lo.

Os Magos do Oriente são estrangeiros, têm outra religião e praticam a adivinhação consultando os astros (actividade proibida pela lei de Deus).

Mas vivem abertos à esperança. Põem-se a caminho. Procuram Jesus até O encontrarem. Aceitam-nO com fé. E com os seus três presentes reconhecem-n’O como Messias, Deus Salvador e Homem.
Voltarão à sua terra “por outro caminho”: o caminho da fé.



Evangelho (Mt 2, 1-12).

(Leitura dialogada: Celebrante (Narrador); 3 reis, voz off; rei Herodes).

Narrador – Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando apareceram em Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. Perguntaram eles:

Rei 1- Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?

Rei 2 – Nós vimos a sua estrela no Oriente.

Rei 3 – Viemos para nos prostramos diante dele.

Narrador – O rei Herodes ouviu e ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os sumos sacerdotes e escribas do povo e informou-se junto deles onde havia de nascer o Messias. Eles disseram-lhe:

Voz off – Em Belém da Judeia, que assim está escrito pela mão do profeta: «E tu, Belém, terra de Judá, nem por sombras és a mais modesta entre as cidades principais de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, Meu povo».

Narrador – Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes aparecera a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:

Herodes – Ide obter informações precisas do Menino e avisai-me, quando o encontrardes, para eu também ir prostrar-me diante dele.

Narrador – Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguiu à frente deles e foi deter-se por cima do lugar onde estava o Menino. Ao verem a estrela, sentiram enorme alegria.
Entraram em casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe e, caindo de joelhos, prostraram-se diante dele. Depois abriram os seus tesouros e ofereceram-lhes presentes.

Rei 1 – Oiro.

Rei 2 – Incenso.

Rei 3 – Mirra.

Narrador – E, avisados em sonho, de que não voltassem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.




Explicação

(Pode ser feita em forma de entrevista por uma criança ao celebrante ou catequista).


Quem eram esses reis magos?

R/ Esses reis magos eram uns sábios que viviam longe. Não pertenciam ao povo judeu. Dizemos que eram pagãos.
Não eram uns sábios quaisquer. Eram pessoas que buscavam a Deus. Por isso, puseram-se a caminho, a ver se encontravam o Messias.

Diz o Evangelho que foram guiados por uma estrela.
Como foi?

R/ Não interessa saber que tipo de estrela ou astro os guiou. S. Mateus não é um astrónomo mas um catequista. Ele quer dizer-nos que Jesus nasceu para ser, na escuridão do mundo, como uma estrela que nos guia para Deus. Jesus é hoje a nossa estrela que nos indica o caminho da felicidade.

Diz-se que eram três e um deles era negro. Será verdade?

R/ Mais uma vez não nos interessa esses pormenores: nem a cor da sua pele nem o seu nome. A tradição diz que um se chamava Gaspar, outro Melchior e outro Baltasar.
O que o evangelista nos quer dizer é que eram pessoas que vinham de longe. Não eram judeus.
Alguns pensavam que Jesus veio para salvar apenas os judeus. Este episódio diz-nos que Jesus veio para toda a gente. Também para os que vivem longe e têm a pele de outra cor. Nasceu para salvar todos os povos.

Escutámos que eles ofereceram presentes. Oiro, incenso e mirra. Porquê estes presentes?

R/ Não interessa saber que presentes foram, mas o que eles representam. Segundo a tradição, cada um deles tem um significado.

Então que significa o oiro?

R/ O oiro significa que Jesus Menino nasceu e veio ao mundo para ser rei. Não um rei ao estilo do mundo, mas um rei a cujo reino pertencem todos os que amam a Deus e amam o próximo. Um Reino de amor, de fraternidade, de paz.

E qual o significado do incenso?

R/ O incenso era um perfume que se queimava diante do altar de Deus no templo. Oferecer incenso a essa criança é professar que esse menino é realmente Deus. Jesus Menino é Deus connosco em pessoa humana.

E qual o significado da mirra?

R/ A mirra era, nesse tempo, um medicamento que tanto servia para curar as feridas como para ungir os mortos.
Oferecer este presente a Jesus significa que eles acreditavam que era verdadeiramente uma pessoa humana como nós, sujeita ao sofrimento e à morte.

Já percebi o fundamental. Hoje celebramos Jesus que veio para ser luz de todos os povos. Que todos os povos o reconheçam.

R/ Sim, que todos os povos o reconheçam. Mais de metade das pessoas do mundo não o reconhecem como sua luz.
Alegremo-nos porque podemos dizer que Jesus é nossa luz e salvação.




Oração

Senhor,
oferece um mapa do mundo
aos meninos e meninas da Terra
para que o pintem com cores
e se esqueçam de traçar fronteiras.
Senhor, oferece às crianças do
mundo um mapa cheio de verdes
prados, de rios gigantes, oceanos
e mares com água limpa e fresca.

Senhor,
oferece um mapa do mundo
em que cresçam
colheitas partilhadas
e riquezas distribuídas.

Senhor, oferece-nos a todos
força e entusiasmo
para fazermos nova a Terra.




Sabias que…

Uns Magos do Oriente

O Evangelho de Mateus não especifica se o número de Magos era três nem diz os seus nomes. Só diz que vinham do Oriente e que eram astrólogos. O seu número e o seu nome chegaram-nos através dos evangelhos apócrifos.

Ouro, incenso e mirra

Os presentes são simbólicos. Com o “ouro”, reconhecem-n’O como Messias porque era o metal dos reis. Com o “incenso” reconhecem-n’O como Deus, porque o incenso era queimado diante de Deus. Da “mirra” era extraído um perfume com que se ungia os cadáveres. Com ela querem significar que Jesus é homem.

smilie

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As Duas Moedas



Quero contar-vos uma velha lenda árabe.

Certo dia, á porta da cidade, um vendedor árabe encontrou-se com um mendigo cheio de fome. Compadeceu-se dele e deu-lhe duas moedas de cobre.
Algum tempo depois, os dois homens voltaram a encontrar-se nos arredores do mercado.
O vendedor perguntou-lhe:
- Que fizeste com as moedas de cobre que te dei?
O mendigo respondeu:
- Com uma delas comprei pão, para ter com que viver. Com a outra, comprei uma linda flor, para ter porquê viver.

Esta velha lenda árabe pretende comunicar uma mensagem muito importante.
Para viver necessitamos do pão que nos alimenta o corpo, mas também daquilo que a flor simboliza, o alimento para o espírito.

Neste novo ano que está a começar, desejo que não falte o pão de cada dia nas nossas mesas. Mas também desejo que não falte a alegria, a beleza, e a ternura simbolizadas na flor.

Não só de pão vive o homem.
Necessita também de outras coisas que não se encontram nos supermercados: a Esperança, a Coragem, o Amor, a Solidariedade, o Perdão, o Carinho…

As flores que no dia do Ano Novo colocamos sobre a mesa estão a recordar-nos que não basta existir.
É necessário viver segundo os valores tão belos de Jesus de Nazaré.