sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Celebrar o Ano da Fé
O Papa Bento XVI convida-nos a iniciar a celebração do Ano da Fé a 11 de Outubro, dia em que comemoramos os 50 anos do início do Concílio Vaticano II.
As bodas de oiro do início do Concílio, constituem ocasião providencial para dar começo a um ano que o Papa chamou “Ano da Fé”.
Ano para refletir sobre a Fé, para pedir a Fé, para evangelizar a Fé no coração de muitos, para procurar ter uma Fé mais adulta, mais amadurecida, mais culta.
Uma Fé mais evangélica, que impregne toda a vida e nos ajude a viver com mais intensidade a adesão a Deus, à sua Palavra, ao seu Amor.
Por feliz coincidência, o ano da Fé tem também como base de reflexão e de estudo os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica pelo Papa João Paulo II.
Ler o Catecismo, estudá-lo, rever os seus ensinamentos será excelente ocasião para amadurecer a Fé e fazê-la crescer em nós.
A Fé tem que estar em comunhão com a vida, com a inteligência, com a vontade, com o coração.
Uma fé adulta não admite superstição, bruxaria, espiritismo, artes diabólicas.
Fé não significa só acreditar em verdades, em dogmas, não se pode fixar só em rezar o Credo.
A Fé, se é verdadeiro, passa e embebe a vida toda, compromete o nosso ser e nosso coração, ilumina a inteligência e faz-nos pensar como Jesus Cristo.
A Fé adulta está ligada à esperança e à caridade.
As três virtudes fazem um conjunto unido e harmónico.
Daí que a Fé leva a viver em ardente esperança e em caridade sem limites.
Uma vida de fé em que tudo nos fala de Deus e do seu amor.
E a Fé viva leva-nos à evangelização apaixonada e apaixonante, pois desejamos que todos conheçam Jesus e o seu Evangelho, a sua Vida e o seu Amor.
O Concilio Vaticano II, que teve início a 11 de Outubro de 1962, foi um novo Pentecostes para a vida da Igreja.
Os seus ensinamentos e os seus documentos continuam a ter uma contínua atualidade e encanto doutrinal e eclesial.
Precisamos de ler e estudar com cuidado os ensinamentos conciliares e perceber quanto nos enriquecem a fé e a vida.
Precisamos de assimilar a sua doutrina e de a colocar em prática, no quotidiano da vida pessoal e comunitária, pois ainda não vivemos a sério e com audácia o que o Concilio nos ensinou.
Por outro lado temos diante de nós um Ano da Fé para saborear mais e melhor todas as maravilhas que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina.
Muitos de nós nunca lemos ou refletimos sobre o Catecismo de um modo cuidado e sério.
É o momento oportuno de em particular, em família, em grupo cristão, em movimento apostólico, em grupos paróquias nos debruçamos a ler, a estudar as riquezas do Catecismo.
Somos um povo piedoso mas pouco culto. Daí que este Ano da Fé, com os textos do Concílio Vaticano II e do Catecismo da Igreja Católica, nos pode ser a todos de grande utilidade.
Todos precisamos de mais conhecimentos, de pensar de um modo mais evangélico, de ter sentimentos mais eclesiais, atitudes mais de acordo com a Palavra de Deus e o Magistério da Igreja.
Desejo a todos como cristãos a sério, saibam viver o Ano de Fé com muito encanto, muita paixão por Jesus e pela sua Igreja.
O símbolo que acompanha o novo ANO de FÉ é representado por um barco.
Se repararem com mais atenção percebem que o mastro deste barco é uma cruz, onde são içadas as velas, formando assim o trigrama do nome de Cristo (IHS).
Ao fundo, na imagem, apresenta-se um sol, símbolo associado à Eucaristia.
Se olharmos este barco como sendo a nossa própria vida, podemos interpretar que este só poderá ser conduzido com muita fé e confiança em Jesus, não nos deixando desanimar pelas dificuldades do quotidiano, mas procurando sempre aumentar a nossa fé!
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