segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A mulher avarenta



Era uma vez um sábio que gostava de dar conselhos.
Muitas pessoas escutavam as suas sentenças e regressavam a sua casa com mais luz para as suas vidas.
Um dia, um homem veio ter com ele a queixar-se que tinha uma mulher muito avarenta.
O sábio mandou que, no dia seguinte, viesse acompanhado pela sua mulher.
Quando a mulher estava diante do sábio, este pôs-lhe diante do nariz, sem dizer palavra, um punho fechado.
A mulher, espantada, perguntou:
- O que quer dizer com isso?
- Imagina que o meu punho estava sempre assim; como o definirias?
- Seria uma mão deformada.
Então, o homem apresentou diante dos olhos da mulher a mão desta bem aberta e disse:
- E agora imagina que a minha mão estava sempre assim; como a definirias?
- Seria uma mão deformada.
O homem acrescentou:
- Disseste bem. Uma mão, para não ser deformada, deve saber guardar e também repartir.


A mão é deformada quando é tão aberta que gasta tudo e não sabe guardar nada para o dia de amanhã.
Mas é também deformada quando se mantém sempre tão fechada que não sabe partilhar, repartir, dar.
Haja mãos perfeitas.


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