terça-feira, 18 de dezembro de 2012
A melhor prenda de Natal.
No ano de 1994 dois jovens amigos responderam a um convite do Departamento de Educação da Rússia para ensinar Educação Moral nas escolas públicas. Foram convidados a ensinar nas prisões, quartéis de bombeiros e também num grande orfanato, onde havia perto de cem meninos que tinham sido abandonados, maltratados e deixados ao cuidado do governo.
Aproximava-se o Natal.
Os dois amigos contaram como Maria e José chegaram a Belém, como não encontraram nenhum sítio que os acolhesse e como se foram recolher num estábulo, onde nasceu o menino Jesus, que foi depois posto numa manjedoura.
Enquanto contavam a história, os meninos e os funcionários do orfanato escutavam muito atentos. Quando terminaram a história os dois amigos deram a cada menino três pedaços de cartolina para construírem um presépio, segundo as instruções que iam dando.
Os meninos construíram a casinha do presépio com muito cuidado e, com alguma roupa já usada e muito talento, lá fizeram as imagens.
Os orfãozinhos estavam ocupados na construção do presépio enquanto um dos amigos ia caminhando pelo meio da sala para ver se alguém precisava de ajuda.
Parecia que estava tudo bem até que chegou a uma mesa onde estava sentado o pequeno João. Devia ter uns seis anitos e já tinha terminado o seu projeto.
Quando olhou para o presépio desse menino, o jovem ficou surpreendido porque em vez de um menino Jesus, havia dois.
Perguntou-lhe porque é que havia dois bebés no presépio ao que o menino, cruzando os braços e olhando para o seu presépio já terminado, começou a repetir a história muito seriamente.
Para um menino tão pequenino que só tinha escutado a história do Natal uma vez, contou a história com exatidão… até chegar à parte onde Maria coloca o Menino Jesus na manjedoura.
Então o João começou a acrescentar.
Inventou o seu próprio fim da história: «E quando Maria colocou o bebé na manjedoura, Jesus olhou para mim e perguntou-me se eu tinha um lugar para ir.
Eu disse-lhe: não tenho mãe nem tenho pai, por isso não tenho com quem ficar.
Então Jesus disse que eu podia ficar com ele. Mas eu disse-lhe que não podia porque não tinha um presente para oferecer como tinham feito as outras pessoas que o tinham vindo visitar.
Mas tinha tanta vontade de ficar com Jesus que comecei a pensar no presente que lhe podia dar. Pensei que se o conseguisse manter quente naquela noite tão fria seria um bom presente.
Perguntei a Jesus: se eu te mantiver quente durante esta noite tão fria, isso seria um bom presente?
E Jesus disse-me: ‘Esse era o melhor presente que me podiam dar’. Por isso eu também me meti na casinha do presépio e Jesus olhou para mim e disse-me que podia ficar com Ele… para sempre».
Quando o pequeno João estava a terminar a história inclinou-se em cima da mesa e começou a chorar e a soluçar. O pequeno órfão tinha encontrado alguém que nunca o abandonaria, que estaria sempre com ele. Para sempre.
O jovem ficou a pensar no presépio do João e comentou com o amigo: «Acredito que Jesus o convidou mesmo a estar com Ele para sempre».
Jesus faz esse convite a todas as pessoas, mas para O escutar é preciso ter um coração de criança.
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