terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Quarta-Feira de Cinzas


A grande caminhada dos 90 dias de Páscoa começa com o SINAL DAS CINZAS.
Este sinal quer lembrar-nos que somos pó, isto é, que sozinhos não somos nada.
Com o amor de Deus a envolver-nos somos "obra das mãos de Deus".
Por vezes tomamos caminhos sem saída; ou um caminho mais longo.
Pior ainda: a meio do percurso, constatamos que vamos em sentido oposto.
A solução?
Arrepiar caminho.
É o que significa a palavra Conversão tanto falada durante o tempo da Quaresma.
Deixemos pois os caminhos que temos seguido e nos levam a «impasses».
Tomemos os caminhos do amor de Deus e do próximo, no começo desta Quaresma, e assim, chegaremos à Pascoa feliz da Ressurreição.


Meditar Um pouco de cinza…

• Um pouco de cinza e de pó: Deus os recolhe e lhes insufla a sua vida.
Se for preciso descer aos sulcos da terra, é para germinar, e se levantar como Cristo, saído glorioso do seu túmulo escuro.

• Um pouco de cinza e o coração em oração: Deus nos encontra e nos fala do seu amor.
Se for preciso descer ao íntimo de nós mesmos, é para beber a água viva, que jorra em nós.

• Um pouco de cinza e o pão do reino: Deus nos convida a ter outras fomes.
Se for preciso descer à mesa dos pobres, é para oferecer a felicidade do festim de Deus.

• Um pouco de cinza e alguns passos pela justiça: Deus nos convida a viver o seu combate, por um mundo melhor.
Se for preciso descer ao meio das nossas aldeias, vilas e cidades, é para aí construir uma vida nova, na rocha firme que é Cristo.

• Um pouco de cinza e lábios que sorriem, depois de se terem crispado: Deus acompanha-nos no perdão e no esquecimento das ofensas recebidas.
Se for preciso descer e caminhar ao encontro dos outros, que nos voltaram as costas, é para fazer nascer um povo de irmãos.


Levar para casa

A Quaresma não é o tempo em que tomamos consciência do nosso pecado, mas da grandeza espiritual a que somos chamados.

A Quaresma não é o tempo de sacrificar o corpo, mas de libertar, no nosso coração, as energias de amor e de solidariedade, que Deus nele depositou.

A Quaresma não é o tempo de se vestir de preto, ou de saco como os antigos penitentes, mas é o tempo de tirar o pó acumulado na nossa vida, e dar-lhe a beleza baptismal.


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