quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
I Domingo da Quaresma
Bons desejos todos temos.
Bons propósitos, sobretudo no começo da Quaresma, não faltam.
Mas nada disso consegue mudar o nosso coração, a nossa vida.
Vamos decidir uma vez por todas, a deixar Deus agir em nós, à sua vontade.
E veremos que o fogo, que em nós está apagado, Ele o acenderá; que toda a velhice que nos paralisa, ele a rejuvenescerá; o que está torto na nossa vida, Ele o endireitará; o que jaz por terra, Ele o levantará; o que está morto, Ele o fará viver. Então tudo será diferente, até o nosso pecado, Ele fará motivo de vida renovada.
Antes da Pascoa, a Igreja convida-nos a prepararmos durante a Quaresma, tempo «forte» de conversão, a renunciar a todo o mal e a viver como cristãos felizes.
Evangelho (Lc 4,1-13)
Reflexão
As tentações de Jesus
Jesus esteve no deserto durante quarenta dias onde foi tentado pelo demónio. Foram três as tentações.
Será que Ele resistiu a todas?...
1- Qual foi a primeira tentação?
Mudar as pedras em pão.
Se Jesus tinha fome e era filho de Deus, por que é que não fazia um milagre a seu favor, mudando as pedras do deserto em saboroso pão?
Jesus é tentado, na sua relação com as coisas, a ter uma vida sem dificuldades a vencer, sem ser preciso trabalhar, sem ser necessário fazer esforços e cansar-se.
Que respondeu Jesus?
Nem só de pão vive o homem.
2- Qual foi a segunda tentação?
Ter muito poder.
Se Jesus era o Filho de Deus, por que é que não se assemelhava aos grandes deste mundo, dono de muitas riquezas, com muitos empregados a servi-lo?
Jesus é tentado, na sua relação com as pessoas, a dominar, a humilhar, a subjugar as pessoas, em vez de estar para servir e para dar a vida por toda a gente.
Que respondeu Jesus?
Ao Senhor teu Deus, é que hás-de adorar.
3- Qual foi a terceira tentação?
Ter muita fama.
O tentador disse-lhe que se atirasse da torre abaixo, porque Deus, se é verdade que o ama, mandaria os seus anjos para o ampararem. Seria um espectáculo.
Jesus é tentado na sua relação com Deus, a manipulá-lo, a exigir que faça a sua vontade. O querer que Deus faça um milagre só para ele, Jesus, se tornar famoso.
Que respondeu Jesus?
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Acção de Graças
Também nós hoje somos tentados de muitas e variadas formas. Na maneira como nos servimos dos bens deste mundo, na maneira como tratamos os outros, na maneira como nos relacionamos com Deus.
E quais são as tentações?
(dois jovens um vestido de negro, faz de tentador e o outro, vestido de branco, faz de cristão resistente. É um dialogo entre o «homem velho» e o «homem novo».
Entre cada tentação, uma pequena pausa ou algum acorde musical)
1- Jovem, por que é que não pensas em curtir a vida, em divertir-te? Serás feliz.
2- Nem só de diversões vive o homem. Não chegam para saciar a nossa sede de felicidade. Precisamos da Palavra de Deus.
1- Jovem, por que é que não pensas em ser muito rico? Toda a gente procura a felicidade no dinheiro.
2- Não se pode servir a dois senhores: ou se serve a Deus ou ao dinheiro. Prefiro servir a Deus, que é a minha riqueza.
1- Jovem, por que é que não te preocupas apenas pelos teus interesses, ignorando os outros? Assim viverás mais comodamente.
2- Recebi de Jesus, como mandamento novo, que amasse os outros como ele nos amou, isto é, amar até dar a vida. Amar, dá felicidade.
1- Jovem, por que é que hás-de gastar tempo a rezar? É um tempo gasto inutilmente, que podes ocupar noutras coisas.
2- Jesus diz-nos que devemos rezar sem desfalecer. A oração para nós não é perda de tempo mas tempo forte que dá força, coragem, esperança, paz.
1- Jovem, por que é que te interessas tanto pelas crianças pobres que andam na rua, pelos emigrantes que são explorados, pelos que sofrem injustiças? Deixa isso para os governantes. Não compliques a vida.
2- Sei que, no fim da vida, seremos julgados pelo que fizemos aos outros. Felizes, nesse dia, os que partilharem o pão, que acolheram os abandonados, que defenderam os fracos, que trabalharam pela justiça e pela paz.
Será cada um de nós a escolher. Ou o caminho do bem ou o caminho do mal. Felizes os que optarem pela Palavra de Jesus, porque saborearão a alegria da Páscoa.
Jejuar, nesta Quaresma, é escolher o caminho do bem. Mesmo que seja difícil. Mesmo que seja preciso ir contra a corrente.
Há alguma coisa de belo que não custe esforço?
Levar para casa
A verdadeira Quaresma não é viver na tristeza; mas, é encontrar o sabor do essencial e viver feliz.
A verdadeira Quaresma não é desprezar as alegrias e os prazeres legítimos da vida; mas é aprender a agradecer a Deus, por tudo o que nos dá.
A verdadeira Quaresma não é arrastar-se com o saco e a cinza; mas é a alegria de se encontrar, face a face, com Deus na nudez do nosso pecado, e implorar o manto da sua graça e do seu perdão.
Etiquetas:
Catequese/Eucaristia
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