Duas pequenas historias para reflectir e pensar.
Muitas vezes pensamos que Solidariedade é apenas partilhar os nossos bens, dar o que temos de sobra ou contribuir com dinheiro.
Estamos muito enganados se é assim que pensamos.
Então o afecto, o carinho o calor humano não contam?
Solidariedade é ir ao encontro dos que mais precisam, dos que estão sozinhos, abandonados, doentes e tristes e dar uma palavra amiga, um carinho, um abraço, um sorriso, um aperto de mão, rir, chorar…
Nem sempre é possível partilhar ou contribuir com dinheiro mas o calor humano faz sempre uma grande diferença.
Sejamos Solidarios com o nosso próximo da melhor forma que podermos.
Os Tijolos
Uma noite, veio inesperadamente uma tempestade que levou uma das casas da aldeia.
Essa família ficou sem nada.
Toda a gente lamentava o acontecido e uma família vizinha acolheu-os em casa.
Naquela noite, um dos habitantes não conseguia dormir, pensando na forma como ajudar essa família.
Teve então uma ideia.
Levantou-se rapidamente e, como era pobre, apenas levou quatro tijolos da sua casa. Aproveitando a escuridão da noite, levou-os para diante da casa onde estava essa família.
Na manhã seguinte, quando nasceu o sol, toda a gente dizia: «Milagre! Milagre!»
É que, diante da casa, estavam não só esses quatro tijolos mas muitos mais, e também vigas, sacos de cimento, telhas, azulejos, portas e janelas.
Como explicar este milagre?
Aconteceu que todos os habitantes tiveram nessa noite a mesma ideia: contribuir com algo para a casa. E assim a casa depressa se ergueu.
Deram-lhe um nome, que ainda tem hoje.
Chama-se a casa da Solidariedade.
A solidariedade é um dos nomes do amor.
Vivendo nós numa sociedade onde cresce o individualismo, é urgente criar uma cultura de solidariedade.
Em vez de gente solitária, teremos gente amiga, sempre disponível para amar e servir.
O solteiro e o casado
Dois irmãos, um solteiro e um casado, eram agricultores.
Colhiam muito trigo e repartiam-no em partes iguais.
Por vezes, o casado pensava: «Tenho mulher e filhos que podem cuidar de mim quando for idoso. E quem cuidará do meu irmão? Ele precisa de economizar mais».
Então, levantava-se de noite, às escondidas e ia deitar no celeiro do irmão solteiro um saco de trigo.
Também o irmão solteiro pensava: «Não é justo que o meu irmão fique apenas com metade da colheita. Tem mulher e filhos para sustentar, enquanto eu não».
Então, levantava-se de noite, às escondidas, e levava um saco de trigo para o celeiro do seu irmão.
Um dia, encontraram-se inesperadamente e contaram um ao outro o que andavam a fazer de noite, muito discretamente.
Sem dizer palavra, deram um grande abraço e, a partir desse dia, cada qual passou a sentir que era amado verdadeiramente como irmão.
Amar é pensar na felicidade dos outros e partilhar dos seus bens, para que ninguém passe necessidade.
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