terça-feira, 1 de março de 2011

O Milagre de Lanciano (séc. VIII)


Em Lanciano (Itália), por volta do ano 750, Jesus quis dar uma prova da sua presença real na Eucaristia.
Os antigos documentos e a contínua tradição, relatam que no mosteiro de S. Legonciano, onde habitava os monges de S. Basílio (hoje igreja de S. Francisco), vivia um monge não muito firme na fé que, embora letrado nas ciências do mundo, ignorava as de Deus. Dia após dia, andava cada vez mais incerto, se na Hóstia consagrada estava o verdadeiro Corpo de Cristo, assim como no vinho o verdadeiro Sangue de Cristo. Todavia, ele suplicava constantemente a Deus que lhe tirasse do coração aquela chaga que lhe estava envenenando a alma. O Pai de misericórdia comprazeu-se em tirá-la de tal obscuridade.

Uma manhã durante a celebração da Missa, depois de ter proferido as santíssimas palavras da consagração, o monge encontrava-se mais do que nunca mergulhado nas suas dúvidas. De repente, viu o pão transformar-se em Carne e o vinho em Sangue. Aterrorizado e confuso, ficou bastante tempo como que em êxtase e, finalmente, com o rosto cheio de alegria, ainda banhado de lágrimas, virando-se para os circunstantes, disse:
«O bendito Deus, para confundir a minha incredulidade, quis desvelar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos nossos olhos: Vinde irmãos, e contemplai. Eis a Carne e o Sangue do nosso dilectíssimo Cristo!».
As pessoas que participavam na Missa, dando-se conta do milagroso acontecimento, começaram a verter lágrimas e suplicavam misericórdia. Rapidamente se difundiu por toda a cidade a fama de tão raro e singular milagre.
O Bispo, percebendo a importância deste facto prodigioso, ordenou que aquela Carne e aquele Sangue fossem escrupulosa e amavelmente guardados. Ainda hoje, passados quase 1300 anos, a Carne e o sangue conservam-se incorruptos.

No ano de 1970, o bispo de Lanciano tomou a decisão de submeter estas “relíquias eucarísticas” a um exame científico. O delicado estudo foi confiado ao Prof. Linoli, livre docente em Anatomia e Histologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica, exercendo também o cargo de médico chefe do Hospital de Arezzo.
As conclusões a que o Prof. Linoli chegou na sua laboriosa investigação, foram oferecidas ao público no dia 4 Março de 1971.
Estas podem-se resumir nos seguintes pontos:
1- A Carne do Milagre eucarístico é verdadeira carne e o Sangue é verdadeiro sangue.
2- O Sangue e a Carne pertencem à espécie humana.
3- A Carne é constituída por tecido muscular do coração (miocárdio).
4- O grupo sanguíneo resultou idêntico tanto na Carne, como no Sangue (grupo AB).
5- No Sangue demonstraram-se as proteínas fraccionadas nas relações percentuais que apresentam aproximações ao traçado sérum proteico do sangue fresco normal.
6- No Sangue foram encontrados os minerais: fósforo, potássio, sódio, cloretos, cálcio e magnésio.
A conservação das proteínas e dos minerais é absolutamente excepcional.
É sabido que o sangue tirado de um cadáver não pode ter as características encontradas no Sangue do Milagre de Lanciano.

No ano de 1973, a Organização Mundial de saúde (OMS) nomeou uma comissão científica para verificar este estudo. As conclusões coincidiram completamente com as do Prof. Linoli.

Portanto, a Carne é um tecido vivo que pertence a um coração humano e o Sangue não é apenas incorrupto, mas é fresco, ou seja apresenta as características do sangue de uma pessoa viva.

1 comentário:

  1. Se quisermos ver um milagre ao vivo, é só assistir a missa e durante a consagração ver o pão se transformar em carne e o vinho se transformar em sangue. Ainda tem gente que diz que milagres não existem. Talvez porque não assistam a Santa Missa ou não prestem atenção.

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