quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Que a Esperança não se apague.


Era uma vez quatro velas, ardendo lentamente!

O ambiente estava tão agradavelmente silencioso que podia ouvir-se o diálogo que mantinham entre si...


A primeira vela disse:
- Eu sou a PAZ!

Apesar da minha luz ser pequenina, mansa e suave, há tantas pessoas que não querem manter-me acesa em sua casa.
Prevejo que vão mesmo deixar-me apagar.
E, diminuindo devagarinho a sua chama, rapidamente se apagou totalmente.


A segunda disse:
- Eu sou a !

Infelizmente sinto-me que sou desnecessária.
As pessoas não querem saber de Deus, pensando que podem viver sem Ele. Dizem que têm tudo, não sentindo a sua falta.
E, sendo assim, para elas parece não ter sentido que eu permaneça acesa.
Ao terminar de falar um vento passou levemente sobre ela e apagou-a.


Rápida e triste a terceira vela também se manifestou:
- Eu sou o AMOR!

Sinto-me desfalecida, com falta de forças para continuar acesa.
Há tanta gente a colocar-me de lado, substituindo-me por falsas afeições, sem perceber as consequências e desgraças que aparecem.
Chegam ao cúmulo de se esquecerem até daqueles que estão por perto, seus parentes e amigos que as amam.
E, sentindo tanto desprezo, acabou por se apagar como as anteriores.


De repente...
Entrou uma criança e olhou, tristemente, para as três velas apagadas.
Virando-se para elas exclamou:
- O que se passa aqui?
Não é possível!
Vocês, cuja sublime missão é dar luz ao mundo, deviam deixar-se queimar, dar-se totalmente e estar acesas até ao fim…

E dizendo isto, começou a chorar.

Surge então a quarta vela e aclamou aquela criança:
- Não tenhas receio menino, não vamos desanimar.
Enquanto a minha mecha fumegar, podemos acender de novo as outras velas, e voltaremos a dar luz ao mundo que vive nas trevas.

Eu sou a ESPERANÇA!

o menino, a quem de novo os olhos brilharam, agora cheio de confiança pegou com devoção naquela luz cintilante que restava… e com ela reacendeu alegremente todas as outras.

Que a vela da Esperança nunca se apague dentro de nós.

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