domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Hóstia transforma-se em carne sangrenta (Roma séc. VI-VII)


O milagre aconteceu num domingo, enquanto o Sumo Pontífice, S. Gregório Magno,celebrava a Missa na Basílica de S. Pedro (Itália).

No momento da Comunhão, uma senhora romana da classe alta, aproximou-se do altar. O Papa, ao colocar-lhe a Hóstia nos lábios, pronunciou as palavras do ritual:
«O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo te sirva para a remissão dos pecados e te conduza à vida eterna».

Na cara da senhora apareceu, porém, uma espécie de riso incrédulo. Então, S. Gregório tirou-lhe a Hóstia e deu-a ao diácono, para que A colocasse no altar até ao fim da Comunhão dos fiéis.

Quando a celebração acabou, o Pontífice voltou-se com um ar sério para aquela senhora e disse-lhe:
«Diz-me, o que te passou pela cabeça quando te riste, enquanto eu estava a dar-te a sagrada Comunhão?».
A mulher respondeu:
«O pão… o pão que me apresentava não era o mesmo que eu própria tinha preparado e trazido para a oblação?
Não pude fazer mais nada senão rir quando Sua Santidade deu o nome de “Corpo de Cristo” a um pão que eu própria tinha manipulado com as minhas mãos».

O Pontifício convidou então todos os presentes a rezar ao Senhor para a vencer a incredulidade daquela senhora.
Depois voltou para o altar.
Naquele momento, perante a indescritível emoção geral, a Hóstia que o diácono tinha colocado sobre o altar, transformou-se, aos olhos de todos, na carne de Cristo.

Quando a céptica senhora constatou a presença real do Corpo do Senhor, a Hóstia voltou a assumir a aparência do pão, à excepção de uma pequena parte, a qual ficou manchada de sangue.

Esta conserva-se guardada ainda hoje, na vila de Andechs, na Baviera.

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