segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amo-te! Adeus…



MÃE…
Fiz o que me pediste…
Fui à festa, mãe. Lembrei-me do que me disseste. Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe… Então, bebi um sumo.
Senti orgulho de mim mesma e do modo como disseste que eu me sentiria, e que não deveria beber e conduzir…
… ao contrário do que alguns amigos me disseram.
Fiz uma escolha saudável. O teu conselho foi correcto.
E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a conduzir sem condições…, fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz…
Eu nunca poderia esperar…
Agora estou deitada na rua, e ouvi o polícia dizer: «O rapaz que causou este acidente estava bêbado».
Mãe, a voz parecia tão distante…
O meu sangue está a correr por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças, não chorar…
Posso ouvir os paramédicos dizerem: «A rapariga vai morrer» …
Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia… Enquanto ele andava a toda a velocidade… Afinal, ele decidiu beber e conduzir. E agora tenho de morrer…
Porque é que as pessoas fazem isso, mãe, sabendo que vai arruinar vidas?
A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas…
Diz à minha irmã para não ficar assustada. Mãe, diz ao papá que seja forte… E quando eu for para o céu, escreva «Menina do Pai» na minha sepultura…
Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir… Talvez, se os seus pais lho tivessem dito, eu ainda ficasse viva…
A minha respiração está a ficar mais fraca, mãe, e estou realmente a ficar com medo…
Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada…
Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe…
Amo-te! Adeus…

ESTAS PALAVRAS FORAM ANOTADAS POR UM REPÓRTER QUE PRESENCIOU O ACIDENTE.


1 comentário:

  1. Parabéns pelo seu blog, tem histórias fantásticas tal como esta.Não passo um dia sem visitar o blog para ver as novidades.

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