quarta-feira, 28 de março de 2012

Domingo de Ramos B





Evangelho S. Marcos 14,1-15,47

Depois de terem escarnecido d’Ele, tiraram-lhe o manto de púrpura e devolveram-lhe as suas roupas, e depois levaram para fora, para ser crucificado.
Conduziram Jesus ao Gólgota, que quer dizer “lugar do crânio”, e ofereceram-lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não quis beber.
Eram nove da manhã quando O crucificaram. E o letreiro onde estava inscrito o motivo da condenação dizia: Rei dos Judeus.
Com Ele crucificaram também dois ladroes, um à Sua direita e outro à Sua esquerda.





As palavras do Evangelho

Jumentinho
- Jesus não entra em Jerusalém como um rei conquistador num cavalo.
Utiliza o meio de transporte dum pobre, um burro.
Quer mostrar que vem como um homem do povo, como um amigo dos pequenos e dos pobres.
A sua entrada na capital não é uma parada militar, mas uma festa popular.









domingo, 25 de março de 2012

Via-Sacra para crianças



Comtemplando o caminho da cruz de Jesus Cristo, meditando na sua morte e ressurreição, os cristãos descobrem até onde pode ir o amor de Deus:
até tomar o caminho do sofrimento e da morte, a fim de dar a esperança de viver para sempre, a todos os habitantes da terra.

É por isso que os cristãos param para rezar com Jesus Cristo no caminho onde Ele carregou a sua cruz antes de ressuscitar.





1ª Estação

Jesus é condenado à morte

Como um criminoso conduzido a tribunal,
Jesus é condenado a ser morto.

É acusado de ter falado mal de Deus, Ele que é a Palavra de Deus!
Não é culpado de nada mas acusam-no de inventar novas maneiras de amar a Deus e ao próximo.

O que é que Ele fez exatamente?
Vós já o sabeis!
Disse que vinha salvar os habitantes da terra do mal e do desespero.
O que é que Ele fez exatamente?
Vós já o sabeis.
A todos, sem exceção, mostrou o imenso amor de Deus!


Senhor, estás sempre do lado dos inocentes!







2ª Estação

Jesus carrega com a cruz

A crua é pesada.
Não existe nada de mais pesado que uma cruz:
Não é senão a dor,
Não é senão as lágrimas,
Não é senão o sofrimento.

Jesus vacila.
A cruz esmaga-o.

Ela pesa nos ombros, mas mais ainda no seu coração.

Segura-a curvado, dobrado, vergado.
É um peso.


Senhor, levas connosco o peso das nossas dores.






3ª Estação

Jesus cai pela primeira vez

Jesu cai.
Como poderia Ele permanecer de pé com este peso nos seus ombros e no seu coração?

A cruz é pesada e ela magoa-o.

Mas o que mais o fere é o brilho mau nos olhos daqueles que o veem vacilar.

Como suportar o fardo dos olhares maus semelhantes a murros que atiram por terra e que esmagam?

São olhares sem compaixão.


Senhor, poisa sobre cada um de nós um olhar benevolente!







4ª Estação

Jesus encontra a sua mãe

No caminho da cruz maria encontra o seu filho.
Diz ela:
“È o meu filho muito amado.
Porquê toda esta maldade?”

Não compreende por que todos se põem a apontá-lo com o dedo e a troçar como se estivessem contentes de o ver assim, ferido e humilhado, como se estivessem contentes do que acontecia ao seu filho muito amado.

No caminho do sofrimento, Jesus encontra o rosto amoroso da sua mãe.
Diz Ele:
“Obrigado, minha mãe!”


Senhor, vens ao encontro de todos os abandonados.







5ª Estação

Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a cruz

Na multidão trocista, não há senão mãos que empurram Jesus.

É semelhante a um fardo empurrado que serve para se divertirem.
Ninguém lhe toca para o amparar, como se, ao tocá-lo, tivessem receio de se sujar, como que a dizerem:
“Não tem valor, pode rejeitar-se!”

Obrigam um certo Simão de Cirene, que passava por ali, a levar a cruz de Jesus.

Como permanecer de pé, se não há uma mão amiga e prestável?


Senhor, a cada um de nós estendes a tua mão!






6ª Estação

Uma mulher limpa o rosto de Jesus

O caminho é longo.
O caminho é interminável quando o sofrimento é muito.

Jesus está cansado, nem sequer distingue o chão sobre o qual se arrasta com a cruz que o esmaga.
Jesus tem medo: avança entre muros de furor e para ele é a pior das crueldades.

No rosto e no coração de Jesus não existe senão dor.

Na multidão, uma mulher não pode admitir que um ser humano seja assim torturado.

Com um lenço, limpa o rosto de Jesus: doçura e bondade!


Senhor, cuida de todos aqueles que estão esgotados.






7ª Estação

Jesus cai pela segunda vez

Quando se está muito carregado, o normal é cair.

O madeiro sobre os seus ombros tão rugoso e pesado que dilacera o corpo.

Mas o que o dilacera, até ao coração, é o ódio que se estende à sua volta.

O ódio que jorra do interior das pessoas, é mais cortante que uma arma: é mesmo capaz de trespassar e de matar.

Jesus vacila e cai.
Como suportar todo o peso deste grande ódio que grita tão forte:
“Tu és mau.
Não queremos nada de ti.”


Senhor, tu nos acolhes a cada um no teu amor.






8ª Estação

Jesus consola as mulheres de Jerusalém

Na multidão que está ali para ver Jesus a passar, há mulheres que se põem a chorar.

A cruz, os golpes, as troças, as feridas no corpo, Jesus cheio de dores: é demasiado!
É odioso!

As lágrimas correm-lhes dos olhos e gritam:
“Não é Ele que curou a tantos e falou com tanta bondade?”

Jesus consola-as:
“Não choreis por minha causa.
Chorai antes por causa do mal que as pessoas fazem!”



Senhor, chamas cada um a levantar-se contra o mal!







9ª Estação

Jesus cai pela terceira vez

Jesus cai uma e outra vez.

Está por terra.
Está no pó do chão.
Não se consegue levantar, nem estar de pé como um homem.

Nada de espantar: toda esta violência que o atinge, toda esta maldade que berra, todos estes punhos estendidos para o empurrar.
Quem teria ainda vontade de se levantar?

Ninguém para o compreender e ninguém para contemplar os seus olhos suplicantes.

Como avançar quando toda a gente troça e dá pontapés para o fazer cair?


Senhor, tu acompanhas aqueles que não podem mais!






10ª Estação

Jesus é despido das suas vestes

Chegou ao cimo da colina.
Ao calvário.
Ao lugar das execuções.

Formam um círculo à sua volta como uma matilha.
Como para o cercar e o impedir de se escapar.

Está muito fraco.
Está sem defesa.
Está esgotado.
Está-se sempre assim quando se é rejeitado e quando se sofre pelas ofensas dos outros.

Já lhe tiraram a sua força e dignidade.
Agora tiram-lhe também as suas roupas.
Está completamente despido, como um miserável que nada possui.
Podem tirar-lhe as suas vestes mas o seu amor, ninguém lho pode tirar.


Senhor, dás tudo a todos!






11ª Estação

Jesus é pregado na cruz

Colocaram-no sobre a cruz, bem esticado, estendido, como se o quisessem impedir de se levantar.

Depois crucificaram-no.
As suas mãos já não se podem mover.
As suas mãos que se estendiam para os humildes e os pobres e para todos aqueles que não tinham esperança.

Está crucificado.
Está cravado na cruz.

Aproximai-vos e vede: aquele que está crucificado na cruz é Jesus, é o Filho de Deus.

Os seus braços estão abertos como para dizer:
“Vinde e vede: Estou convosco.
Vinde e tomai: Eu sou o Amor.”


Senhor na cruz, Deus de ternura para o mundo!






12ª Estação

Jesus morre na cruz

Quis anunciar a bondade de Deus.
Quis distribuir a ternura de Deus.
Quis oferecer o perdão de Deus a todos, os que são dignos ou indignos.
A todos e a todas.

Cumpriu a sua missão.
Fê-lo perfeitamente.
Agora grita e morre na cruz.

Aproximai-vos e olhai:
Aquele que foi colhido pela morte como qualquer vivente da terra, é Jesus, é o Filho de Deus.

Entra na morte a fim de nos dizer a todos:
“Comigo, não tenhais medo: Eu sou a Vida!”


Senhor, connosco atravessas a morte!






13ª Estação

Jesus é retirado da cruz

O corpo de Jesus foi despregado.
A cruz está vazia semelhante a uma árvore depois da colheita.
A cruz deu o seu fruto de vida:
Jesus, o Filho de Deus.

Para sempre a cruz é o sinal das maravilhas que Deus realiza para tirar da infelicidade todos os habitantes da terra.

Para sempre a cruz, com os seus madeiros em largura e em altura, é o sinal dos braços estendidos de Cristo, oferecendo o amor de Deus aos habitantes da terra.


Senhor, a todos nos apresentas os sinais da tua presença!






14ª Estação

Jesus é depositado no túmulo

Metem-no na terra.
Está enterrado como qualquer mortal.

É o luto.
Já não se lhe pode tocar.
Já não se lhe pode falar.
Já não se pode escutar.
Já não se pode ver.
Desaparece na terra.

É a tristeza.
Onde estará agora, aquele que se dizia a luz de Deus?
Onde estará agora, aquele que anunciava a Palavra da Vida?

Mas nada acabou.
Jesus é semelhante à semente que desaparece no interior da terra.
Paciência, mais um pouco de tempo e vereis a seara.


Senhor, dás a vitória à vida!






15ª Estação

Jesus ressuscita

É a aurora.
A noite desapareceu.
A luz inundou o céu e a terra.
É o nascer do dia.

O túmulo está vazio.
A pedra foi rolada para o lado.

Deus ressuscitou Jesus.
Deus glorificou Cristo.
Deus ergueu o seu Filho.

A morte está vencida.
Terminou.
Foi derrotada para sempre.

Aproximai-vos e vede:
Jesus Cristo saiu da morte.
Ele vive!

Como canta, a sua Palavra de alegria.
Como brilha, a Luz de Deus!

ALELUIA!


Senhor, levas as nossas cruzes até à vida!

quinta-feira, 22 de março de 2012

A história do grão de trigo


Preparar uma expressão corporal que exemplifique a história do grão de trigo desde que morre até que cresce e dá fruto.

O narrador irá lendo o texto e algumas crianças, vestidas de túnicas brancas, farão gestos sóbrios e discretos, em câmara lenta.
Colocar um fundo musical muito suave.

As crianças estão prostradas. Sentadas sobre os calcanhares com o rosto por terra, sobre as mãos pousadas no chão.


Era uma vez um grão de trigo que foi lançado à terra, depois de lavrada.
O grão ficou coberto de terra e ficou às escuras e ao abrigo do frio, durante todo o inverno.


As crianças erguem-se muito lentamente.


Chegou a Primavera.
O grão, que tinha estado a dormir tantos meses debaixo da terra, começou a crescer.
Era apenas um fio verde, tenro e pouco vistoso.
Cresceu até ver a luz do sol.


As crianças erguem-se muito lentamente até ficarem de pé.


O sol aquecia cada vez mais e o grão de trigo, já planta, erguia-se cada vez mais e cobria-se de folhas verdes.
No cimo a haste a formar uma tenra espiga.


As crianças fazem o gesto de erguer as mãos como espigas. Em seguida, o gesto de partilhar umas com as outras o grão.


A espiga, com o calor do sol, foi amadurecendo e tornou-se numa espiga dourada.
Espigas carregadas de grãos de trigo.
Grãos prontos para serem dados ao homem.

As crianças abraçam-se, formando como que um grande pão.

Os grãos de trigo, juntos e moídos, deram a farinha branca, com a qual se fez o saboroso pão.
O pão das nossas mesas.
O pão do altar, que se torna Corpo de Cristo.


As crianças saem ao som de fundo musical forte.




Jesus e o grão de trigo

A história do grão de trigo que morre, fica enterrado e, depois, sai como uma nova e linda planta serve para perceber um pouco melhor este mistério pascal que iremos celebrar na Páscoa.

Como o grão de trigo esteve enterrado no escuro da terra fria, Jesus também, depois julgado, condenado e morto na cruz, foi enterrado.
Sepultado num túmulo novo, perto do lugar onde fora morto numa cruz. Algumas pessoas pensavam que tudo tinha acabado assim e até o abandonaram. A começar por muitos dos seus amigos.

Mas, ao terceiro dia, que é o dia em que se manifesta o poder e a força de Deus, Jesus apareceu vivo.
Deus não podia permitir que o seu Filho, que tinha passado a vida a fazer o bem, que tinha gasto a sua vida a dar a felicidade aos outros, que tinha dado a vida por amor, ficasse morto para sempre.
Por isso, deu-lhe uma vida nova.

Se seguirmos os passos de Jesus, se como Ele depositarmos em Deus toda a nossa esperança, se como Ele nos empenharmos por tornar o mundo mais justo e fraterno, temos a garantia que, como o grão de trigo, também depois da nossa morte ressuscitaremos para uma vida nova.
Esta é a nossa esperança.
Jesus vai à frente e é o primeiro dos ressuscitados.

Jesus escolheu o pão, que é feito de farinha de trigo, para ficar presente como nosso alimento e fortaleza. Nesse pão da Eucaristia está Cristo ressuscitado.
Comungar este pão fortalece a nossa esperança.

quarta-feira, 21 de março de 2012

5º domingo da Quaresma B





Evangelho S. João 12, 20-33.

Naquele tempo, alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém para adorar nos dias da festa, foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia, e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André; e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.
Agora a minha alma está perturbada.
E que hei-de dizer?
Pai, salva-Me desta hora?
Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora.
Pai, glorifica o teu nome» …




As palavras do Evangelho

André
- É o irmão de Simão Pedro. Como ele, era pescador de profissão.
Habitava nas margens do lago Tiberíades.
Fazia parte dos primeiros discípulos chamados a seguir Jesus.

A hora
- No seu Evangelho, Jesus fala muitas vezes da sua hora.
Diz primeiramente que a sua hora ainda não chegou.
Agora, ela chegou.
É a hora da sua morte.
Mas também da sua vitória sobre a morte.

Que me siga
- Seguir Jesus não é apenas ir atrás dele como uma ovelha atrás de um pastor. É agir como ele para que haja mais paz, amizade e alegria à nossa volta e no mundo.








segunda-feira, 19 de março de 2012

Os óculos de S. José


Um dia, a superiora dum convento estava cheia de dívidas.
As despesas eram muitas, até porque o convento andava em obras.

Como não tinha dinheiro para pagar as dívidas, resolveu colocar as faturas aos pés da imagem de S. José com uma carta urgente pedindo-lhe ajuda.
Inclusivamente, pôs uns óculos aos pés do santo, para que ele lesse bem os números com os cifrões.

Passou por ali o bispo, que olhou para a imagem e ficou admirado com o que viu.

A superiora, solícita, explicou:
- Senhor bispo, é para ver se S. José me ajuda a pagar as muitas dívidas do convento. Só ele me pode valer.

O bispo achou que aquilo era uma superstição e disse-lhe:
- Tire esses óculos e faturas daí.
Parece uma coisa de crianças!
Mas se estão mesmo em grande dificuldade, passe por minha casa que eu vou dar-lhe o dinheiro de que precisa.

Conta-se que a superiora olhou para o rosto de S. José e sorriu de agradecimento.



S. José foi o esposo de Maria e o pai adotivo de Jesus.
Embora o Evangelho nada diga da sua vida passada em Nazaré, trabalhando para que nada faltasse nessa família, certamente que foi um esposo fiel e um pai providente.
Ele ainda hoje é invocado pelos cristãos em momentos difíceis.

Seja ele não só nosso intercessor junto de Deus mas também nosso modelo de fé.

S. José (dia do pai)



José foi esposo de Maria, mãe de Jesus.
Era descendente da família de David, o que não significava que fosse um príncipe.
Era certamente um jovem simples e simpático, que foi prometido a Maria como esposo.

Mateus descreve dois aspetos essenciais do seu carácter: era um homem justo e prestava atenção aos sonhos.
O seu sentido de justiça levava-o a viver uma vida justa, no sentido de que estava atento a Deus e às pessoas, amando-as como mandava a lei de Moisés: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos.
Ele pertencia a esse resto de Israel que cumpria a Lei e esperava pelo Messias.

A sua atenção aos sonhos levava-o a obedecer às ordens que recebia dos anjos, mensageiros de Deus.
Assim, por meio de um sonho, foi convidado a acolher Maria, foi aconselhado a fugir para o Egipto, foi avisado de que Herodes já tinha morrido.

Além disso, José era um homem de trabalho, um simples carpinteiro.
E também um esposo dedicado e um bom pai, proporcionando à sua esposa e ao seu filho uma vida serena e feliz, na aldeia de Nazaré.
Como Maria, andou aflito à procura do menino Jesus, quando este aos 12 anos ficou no Templo. Mas, como Maria, certamente ia meditando acerca do futuro daquele adolescente, o enviado de Deus Pai à humanidade.

Não sabemos em que idade morreu José, um homem simples e que viveu a fé no quotidiano.
Por isso, é modelo de vida para todas as pessoas que aceitam o quotidiano, na sua monotonia, e sabem vivê-lo com profundidade, aceitando-o como o lugar onde devemos viver segundo o Evangelho de Jesus.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Jesus minha luz e salvação

smilieSenhor Jesus,
Sois a minha luz quando a noite nunca mais termina.
Sois o meu caminho quando as encruzilhadas são confusas.
Sois o meu sol quando os dias são escuros e cinzentos.
Sois o meu oásis quando pareço caminhar num deserto.
Sois a minha luz e salvação.

Senhor Jesus,
Sois a minha vida quando o meu coração se cansa de bater.
Sois a minha alegria quando a tristeza se apodera de mim.
Sois o meu perdão quando caio no pecado e me levanto.
Sois o meu alento quando pareço desfalecer no caminhar.
Sois a minha luz e salvação.

quarta-feira, 14 de março de 2012

4º domingo da Quaresma B





Evangelho S. João 3, 14-21

Por aqueles dias, disse Jesus a Nicodemos:
«Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não morra, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.




As palavras do Evangelho

Luz
- Jesus vem ao nosso mundo como uma luz.
Ilumina a nossa vida.
Ilumina o caminho dos homens.
Convida-nos a caminhar na luz e na amizade.

Trevas
- As trevas opõem-se à luz, como a noite ao dia.
As trevas fazem pensar no mal, no egoísmo, nos corações fechados.
Acontece sermos tentados a viver nas trevas. Mas o caminho da luz permanece sempre aberto.

Obras
- As obras são as minhas ações.
Se faço o mal por querer, se sou egoísta, as minhas obras são más.
Se partilho, se ajudo, se acolho os pobres, as minhas obras são boas.
Atuo segundo a verdade.
Ando na luz.








sexta-feira, 9 de março de 2012

Senhor eu vos amo


Rezar é uma questão de amor.
Por isso, de dentro do templo do nosso coração, elevemos a Deus uma oração dizendo:
Senhor eu vos amo.

Quando eu estiver cansado dai-me forças para vos dizer:
Senhor eu vos amo.

Quando tiver dificuldade de perdoar, pensarei apenas em vos dizer:
Senhor eu vos amo.

O meu trabalho será mais suave se ele se tornar oração a dizer-vos:
Senhor eu vos amo.

Pelas alegrias que me dais, o meu obrigado. E de novo vos digo:
Senhor eu vos amo.

E quando chegar ao fim dos meus dias, e me convidares para o céu, dir-vos-ei:
Senhor como eu vos amo.

quarta-feira, 7 de março de 2012

3º domingo da Quaresma B





Evangelho S. João 2, 13-25.

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
Encontrou no templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas sentados nas bancas.
Fez então um chicote de cordas e expulsou-os a todos do templo, com as ovelhas e os bois; deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou-lhes as mesas; e disse aos que vendiam pombas:
«Tirai tudo isto daqui; não façais da casa de meu Pai casa de comércio».
Os discípulos recordaram-se do que estava escrito:
«O zelo pela Tua casa devora-me».
Então os judeus perguntaram-lhe:
«Que sinal nos dás para poderes fazer isto?», ao qual Jesus respondeu:
«Destruí este Templo e em três dias Eu o reconstruirei».
Era do Templo do Seu próprio corpo que Jesus falava.




As palavras do Evangelho

Subiu a Jerusalém
- Jerusalém e o Templo estão situados numa montanha.
Três vezes por ano, os judeus vão aí em peregrinação.
Na Páscoa, no Pentecostes e na festa das Tendas sobem a Jerusalém.

A casa do Pai
- Para os crentes do tempo de Jesus, o Templo era a morada de Deus.
Para Jesus, é a casa de Deus, seu Pai.
Mas para muitas pessoas, o Templo tornou-se num lugar de comércio, numa espécie de feira de animais.

Devora-me
- No Templo Jesus irrita-se. Expulsa os comerciantes e os banqueiros.
Esta acção violenta deixa os amigos de Jesus espantados.
Mas ele recorda-lhes uma frase do salmo cantado no Templo: «Devora-me o zelo pela tua casa».
Com esta atitude, Jesus toma uma atitude que o conduzirá à morte.








domingo, 4 de março de 2012

O bom silêncio



Um grupo de trabalhadores estava a descarregar um camião de palha, quando um deles notou que tinha perdido o relógio de pulso, prenda de compromisso da noiva.
Assustado, pediu imediatamente aos companheiros que o ajudassem a procurá-lo.
Estes fizeram desta busca um divertimento, fazendo grande algazarra e levantando muita poeira.
Não conseguiram encontrar o relógio.
O jovem pensou que talvez o tivesse deixado na mesa de cabeceira, embora estivesse convencido que o tinha posto no pulso. Por isso, desistiram de o procurar.
Como estavam cansados, decidiram ir tomar um refresco.
Um rapaz tinha estado a observar tudo.
Foi ter com o jovem trabalhador e disse-lhe:
- Autoriza-me que vá procurar o seu relógio?
Ele respondeu:
- É evidente que autorizo. Oxalá que o encontre. É um presente da minha noiva.
Passado pouco tempo, apresentou-se ao grupo com o relógio.
Perguntaram-lhe:
- Onde estava? Não pode ser. Procurámo-lo em todo o lado!
O jovem respondeu:
- Muito simples. Fiz silêncio completo até que ouvi o tic-tac do relógio e assim o encontrei.




Jesus Cristo frequentemente saía de casa e retirava-se para um lugar silencioso.
Era no silêncio que Ele conseguia escutar a voz do Pai e viver continuamente sintonizando com a sua vontade.
Ainda hoje, se queremos experimentar o que é a oração, necessitamos de fazer silêncio.
Os ruídos internos e externos impedem-nos de nos encontrarmos com o Senhor.