quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Ano Litúrgico
Muitas são as vezes que perguntamos às crianças, adolescentes e jovens da catequese o que significa Ano Litúrgico e, as respostas deles são quase sempre a mesma…um silêncio total.
Até mesmo catequistas não sabem explicar ao certo o que é o Ano Litúrgico. Sabem quando começa e quando termina, mas o que fica lá pelo meio mais vale nem perguntar porque as respostas ficam sempre por dar.
Publico esta semana alguns esquemas sobre o Ano Litúrgico incluindo uma pequena actividade que pode ser feita, explicada e utilizada numa sessão de catequese.
Fazer catequese não é só utilizar e seguir os catecismos. Também é preciso inovar e falar de outros temas muito importantes que fazem parte da igreja e do nosso dia a dia.
O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso”.
Contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação.
Não coincide com o ano civil, que começa no dia 1 de Janeiro e termina no dia 31 de Dezembro.
O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal.
Tem como base as fases da lua. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e a Páscoa.
São como dois pólos em torno dos quais gira todo o Ano Litúrgico.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma.
Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum.
O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento.
A sequência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:
CICLO DO NATAL
ADVENTO
Início…………………………………… 4 Domingos antes do Natal
Termina………………………………. 24 de Dezembro à tarde
Espiritualidade…………….………. Esperança e Purificação da vida
Ensinamento………………….……. Anúncio da vinda do Messias
Cor……………………………….……. Roxo
NATAL
Início…………………………….……. 25 de Dezembro
Termina……………………………... Na festa do Baptismo de Jesus
Espiritualidade………………….... Fé, alegria e acolhimento
Ensinamento…………………….... O Filho doe Deus se fez homem
Cor……………………………………. Branco
TEMPO COMUM (1ª parte)
Início…………………………….…. 2ª Feira após o Baptismo de Jesus
Termina……………………….….. Véspera da 4ª feira das cinzas
Espiritualidade…………….…… Esperança e escuta da palavra
Ensinamento……………….…… Anúncio do Reino de Deus
Cor………………………………….. Verde
PASCOA
QUARESMA
Início…………………….…………. 4ª Feira de Cinzas
Termina…………….......……….. 4ª Feira da Semana Santa
Espiritualidade……..………….. Penitência e Conversão
Ensinamento………………….… A misericórdia de Deus
Cor………………………………….. Roxa
PASCOA
Início…………………………….… 5ª Feira Santa (Tríduo Pascal)
Termina…………………….……. Pentecostes
Espiritualidade…………………. Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento……………………. Ressurreição e vida eterna
Cor…………………………………. Branco
TEMPO COMUM (2ª parte)
Início……………………….……… 2ª Feira após o Pentecostes
Termina………………….………. Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade…………………. Vivência do Reino de Deus
Ensinamento……………………. Os cristãos são sinal do Reino
Cor…………………………………. .Verde
Actividade:
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Ano Litúrgico
sábado, 23 de janeiro de 2010
Solidariedade
Duas pequenas historias para reflectir e pensar.
Muitas vezes pensamos que Solidariedade é apenas partilhar os nossos bens, dar o que temos de sobra ou contribuir com dinheiro.
Estamos muito enganados se é assim que pensamos.
Então o afecto, o carinho o calor humano não contam?
Solidariedade é ir ao encontro dos que mais precisam, dos que estão sozinhos, abandonados, doentes e tristes e dar uma palavra amiga, um carinho, um abraço, um sorriso, um aperto de mão, rir, chorar…
Nem sempre é possível partilhar ou contribuir com dinheiro mas o calor humano faz sempre uma grande diferença.
Sejamos Solidarios com o nosso próximo da melhor forma que podermos.
Os Tijolos
Uma noite, veio inesperadamente uma tempestade que levou uma das casas da aldeia.
Essa família ficou sem nada.
Toda a gente lamentava o acontecido e uma família vizinha acolheu-os em casa.
Naquela noite, um dos habitantes não conseguia dormir, pensando na forma como ajudar essa família.
Teve então uma ideia.
Levantou-se rapidamente e, como era pobre, apenas levou quatro tijolos da sua casa. Aproveitando a escuridão da noite, levou-os para diante da casa onde estava essa família.
Na manhã seguinte, quando nasceu o sol, toda a gente dizia: «Milagre! Milagre!»
É que, diante da casa, estavam não só esses quatro tijolos mas muitos mais, e também vigas, sacos de cimento, telhas, azulejos, portas e janelas.
Como explicar este milagre?
Aconteceu que todos os habitantes tiveram nessa noite a mesma ideia: contribuir com algo para a casa. E assim a casa depressa se ergueu.
Deram-lhe um nome, que ainda tem hoje.
Chama-se a casa da Solidariedade.
A solidariedade é um dos nomes do amor.
Vivendo nós numa sociedade onde cresce o individualismo, é urgente criar uma cultura de solidariedade.
Em vez de gente solitária, teremos gente amiga, sempre disponível para amar e servir.
O solteiro e o casado
Dois irmãos, um solteiro e um casado, eram agricultores.
Colhiam muito trigo e repartiam-no em partes iguais.
Por vezes, o casado pensava: «Tenho mulher e filhos que podem cuidar de mim quando for idoso. E quem cuidará do meu irmão? Ele precisa de economizar mais».
Então, levantava-se de noite, às escondidas e ia deitar no celeiro do irmão solteiro um saco de trigo.
Também o irmão solteiro pensava: «Não é justo que o meu irmão fique apenas com metade da colheita. Tem mulher e filhos para sustentar, enquanto eu não».
Então, levantava-se de noite, às escondidas, e levava um saco de trigo para o celeiro do seu irmão.
Um dia, encontraram-se inesperadamente e contaram um ao outro o que andavam a fazer de noite, muito discretamente.
Sem dizer palavra, deram um grande abraço e, a partir desse dia, cada qual passou a sentir que era amado verdadeiramente como irmão.
Amar é pensar na felicidade dos outros e partilhar dos seus bens, para que ninguém passe necessidade.
Muitas vezes pensamos que Solidariedade é apenas partilhar os nossos bens, dar o que temos de sobra ou contribuir com dinheiro.
Estamos muito enganados se é assim que pensamos.
Então o afecto, o carinho o calor humano não contam?
Solidariedade é ir ao encontro dos que mais precisam, dos que estão sozinhos, abandonados, doentes e tristes e dar uma palavra amiga, um carinho, um abraço, um sorriso, um aperto de mão, rir, chorar…
Nem sempre é possível partilhar ou contribuir com dinheiro mas o calor humano faz sempre uma grande diferença.
Sejamos Solidarios com o nosso próximo da melhor forma que podermos.
Os Tijolos
Uma noite, veio inesperadamente uma tempestade que levou uma das casas da aldeia.
Essa família ficou sem nada.
Toda a gente lamentava o acontecido e uma família vizinha acolheu-os em casa.
Naquela noite, um dos habitantes não conseguia dormir, pensando na forma como ajudar essa família.
Teve então uma ideia.
Levantou-se rapidamente e, como era pobre, apenas levou quatro tijolos da sua casa. Aproveitando a escuridão da noite, levou-os para diante da casa onde estava essa família.
Na manhã seguinte, quando nasceu o sol, toda a gente dizia: «Milagre! Milagre!»
É que, diante da casa, estavam não só esses quatro tijolos mas muitos mais, e também vigas, sacos de cimento, telhas, azulejos, portas e janelas.
Como explicar este milagre?
Aconteceu que todos os habitantes tiveram nessa noite a mesma ideia: contribuir com algo para a casa. E assim a casa depressa se ergueu.
Deram-lhe um nome, que ainda tem hoje.
Chama-se a casa da Solidariedade.
A solidariedade é um dos nomes do amor.
Vivendo nós numa sociedade onde cresce o individualismo, é urgente criar uma cultura de solidariedade.
Em vez de gente solitária, teremos gente amiga, sempre disponível para amar e servir.
O solteiro e o casado
Dois irmãos, um solteiro e um casado, eram agricultores.
Colhiam muito trigo e repartiam-no em partes iguais.
Por vezes, o casado pensava: «Tenho mulher e filhos que podem cuidar de mim quando for idoso. E quem cuidará do meu irmão? Ele precisa de economizar mais».
Então, levantava-se de noite, às escondidas e ia deitar no celeiro do irmão solteiro um saco de trigo.
Também o irmão solteiro pensava: «Não é justo que o meu irmão fique apenas com metade da colheita. Tem mulher e filhos para sustentar, enquanto eu não».
Então, levantava-se de noite, às escondidas, e levava um saco de trigo para o celeiro do seu irmão.
Um dia, encontraram-se inesperadamente e contaram um ao outro o que andavam a fazer de noite, muito discretamente.
Sem dizer palavra, deram um grande abraço e, a partir desse dia, cada qual passou a sentir que era amado verdadeiramente como irmão.
Amar é pensar na felicidade dos outros e partilhar dos seus bens, para que ninguém passe necessidade.
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Pequenas Histórias
domingo, 17 de janeiro de 2010
S. Sebastião Mártir (festa das fogaçeiras)
A festa de S. Sebastião é a mais conhecida e emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira, conhecida também pela Festa das Fogaceiras.
A devoção a S. Sebastião apareceu em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste, e o povo recorreu à intercessão protectora de S. Sebastião.
Esta escolha de S. Sebastião como intercessor junto de Deus em favor do Povo teve certamente a ver com os sofrimentos a que o mártir foi sujeito durante a sua vida terrena e com a fortaleza e coragem manifestadas diante dos mesmos.
Diz a história da Festa das Fogaceiras que o povo, em troca da protecção de S. Sebastião, prometeu ao Santo a oferta de um pão doce chamado Fogaça.
Este pão, incorporado na procissão, era benzido, dividido em fatias e depois repartido pelo povo presente.
Actualmente a "Festa das Fogaceiras" realiza-se a 20 de Janeiro, feriado municipal, e a fogaça é transportada por meninas vestidas de branco, com fitas azuis ou vermelhas à cintura.
As fogaças já não são distribuídas ao povo mas entregues a cada menina.
Três meninas transportam fogaças de tamanho grande, que são entregues às autoridades religiosas, politicas e militar, outra das meninas transporta um tabuleiro com as velas do voto e ainda outra com a miniatura do Castelo da Feira, em madeira.
Por toda a cidade se vendem Fogaças, algumas cozidas em fornos colocados no local para a ocasião.
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Festa das Fogaçeiras
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Bodas de Caná
Apresento hoje em forma de dramatização o primeiro milagre realizado por Jesus Cristo num casamento em Caná na Galileia, onde transformou a água em vinho. (Jo 2, 1-12)
Personagens: Narrador, Noivos e convidados, Jesus, Maria, Chefe de mesa, Serventes.
Narrador – Realizou-se em Caná da Galileia um casamento. A mãe de Jesus estava lá. Jesus foi também convidado para o casamento com os seus discípulos.
(Marcha nupcial. O cortejo entra com os noivos á frente seguidos dos convidados. Sentam-se e como quem come e conversa animadamente, mas tudo em forma de mímica ao som da música. Maria entretanto conduz Jesus para diante do público.)
Jesus – Que me queres dizer, mulher?
Maria – Não têm vinho. Acabou-se!
Jesus – Mulher que tenho eu a ver com isso? A minha hora ainda não chegou. Quando chegar a minha hora, será então a festa para toda a humanidade.
Maria – (Voltando-se para os serventes) – Fazei tudo o que ele vos disser.
Narrador – Ora, havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, cada uma contendo cerca de duas ou três medidas.
Jesus – (Dirigindo-se aos serventes) – Enchei essas talhas de água. (Os serventes acenam afirmativamente com a cabeça e saem. Música. Entretanto regressam.)
Serventes – Já estão cheias de água.
Jesus – Tirai agora um pouco de água e levai ao chefe da mesa para ele provar.
(Um servente concorda com a cabeça e faz a mímica de levar um copo ao chefe da mesa.)
Narrador – O chefe da mesa provou a água transformada em vinho. Não sabia donde viera aquele vinho, mas os serventes sabiam, porque eles tinham retirado a água…
O chefe de mesa chamou o esposo e disse-lhe:
Chefe de mesa – (levantando-se e dirige-se ao esposo) – É costume servir primeiro o vinho bom. Só quando os convidados já estão embriagados é que se serve o vinho pior. O senhor guardou o vinho melhor até agora!
(E oferece ao esposo, em mímica, o vinho. Este prova-o e fica surpreendido. Depois oferece o vinho à esposa. Esta também fica admirada. O esposo dá ordens ao chefe da mesa e este aos serventes, para que distribuam este vinho bom a todos os convidados. Todos vão ficando maravilhados.)
Convidado 1 – Que vinho tão delicioso!
Convidado 2 – Nunca se viu um vinho assim!
Chefe de mesa – Vamos passar à sala do lado, para continuarmos a festa.
(Saem todos ao som de música festiva.)
Narrador – Deste modo, em Caná da Galileia, Jesus realizou o seu PRIMEIRO MILAGRE.
Assim mostrou o seu poder divino e os discípulos acreditaram nele.
Reflexão
As bodas de Caná
Em que cidade se realizou esta boda de casamento?...
Em Caná da Galileia.
Não se sabe o nome dos noivos.
Quem eram os convidados de que fala o Evangelho?...
Jesus, a sua mãe Maria e os seus discípulos.
Que aconteceu de especial?...
Faltou o vinho.
Faltar o vinho é uma grande tristeza.
O vinho era símbolo da alegria, da felicidade.
Com que iriam fazer os brindes à felicidade dos noivos?
Certamente não podia ser com água. A festa acabaria com todas as pessoas insatisfeitas e nervosas.
Quem se preocupou com a situação?...
Maria, a mãe de Jesus.
Foi ela quem se deu conta da falta do vinho e começou por avisar Jesus, que parece não ficar preocupado.
Depois foi avisar o chefe da mesa, dizendo-lhe:
«Faz tudo o que meu filho te disser!»
Foi então que Jesus mandou encher as bilhas de água.
E eis que acontece o primeiro sinal de Jesus.
Não um gesto de ilusionista que, com uma varinha mágica, muda a água em vinho.
Jesus já uma vez se tinha recusado a mudar as pedras em pão!
Trata-se, certamente, de um sinal a apontar-nos a nós, que temos fé, de que é preciso mudar alguma coisa na nossa vida.
Mudar a água em vinho, hoje.
Este sinal de Jesus aponta-nos para as mudanças que temos de realizar para fazer da nossa vida uma festa.
O que é que deveremos mudar?
Como Jesus Cristo está vivo e nos deu o seu Espírito Santo, é preciso:
Deixar que sejam as crianças a completar as frases.
Mudar a tristeza em … alegria.
Mudar o ódio em … amor.
Mudar a vingança em … perdão.
Mudar a dúvida em … fé.
Mudar o desespero em … esperança.
Mudar a fraqueza em … fortaleza.
Mudar a mentira em … verdade.
Mudar a injustiça em … justiça.
Mudar a guerra em … paz.
Mudar a desunião em … união.
Mudar a maldade em … bondade.
Mudar a incompreensão em … compreensão.
Mudar o comodismo em … sacrifício.
Mudar o homem velho em … homem novo.
São estas algumas das mudanças que somos convidados a fazer, pois Cristo veio para animar uma festa, no mais íntimo do nosso coração.
Com Cristo, a alegria é possível, a felicidade é possível.
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Bodas de Caná...Dramatização/Catequese
domingo, 10 de janeiro de 2010
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