domingo, 26 de fevereiro de 2012

O jejum agradável



Na comunidade de Francisco de Assis era tempo de quaresma e os frades faziam grandes jejuns.
Aconteceu em Assis, no convento fundado por Francisco de Assis.
Os frades viviam numa vida de pobreza extrema, denunciando assim os que faziam da riqueza o seu deus.

Um dia, era alta noite, quando todos já se encontravam nas celas, ouviu-se o gemido de um irmão.
Francisco levantou-se, apressou-se a ir ter com ele e perguntou-lhe:
- Que tens, irmão?
- Choro porque estou a morrer de fome.

Francisco acordou imediatamente todos os irmãos e explicou-lhes:
- Irmãos, o jejum tem valor mas não pode-mos permitir que um irmão morra de fome.
Há um que está com muita fome e necessita de se alimentar. Mas como não é bom que o nosso irmão vá comer sozinho, pois pode sentir vergonha, então vamos descer todos ao refeitório.

Todos desceram as escadas e sentaram-se à mesa.
Para comer havia muito pouco: alguns pães já secos e algumas hortaliças cozidas.
O irmão faminto comeu e saciou a sua fome. Os companheiros acompanharam-no e também comeram do pouco que havia.
Foi uma refeição muito pobre, mas que se tornou numa festa.
Nessa noite, celebraram a fraternidade.



Jesus Cristo nunca recomendou o jejum.
De facto, segundo as Escrituras, o jejum que agrada ao Senhor é que dêmos de comer a quem tem fome, roupa a quem dela necessita, liberdade aos oprimidos.
O jejum que os cristãos praticam tem valor se é expressão do amor ao próximo e os leva a partilhar os alimentos a que renunciam pelos necessitados. O jejum serve para nos amarmos mais.

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