domingo, 11 de setembro de 2011

Gratidão

No mês de Agosto de 2001, Moisés, nome fictício, um bem sucedido empresário americano, viajou para Israel.
Na 5ª feira, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para fazer um lanche rápido numa pizzaria na esquina de duas ruas importantes, no centro de Jerusalém.
O estabelecimento estava super-lotado quando entrou na pizzaria.
Moisés percebeu que teria de esperar muito tempo numa enorme fila se realmente desejasse comer alguma coisa. Mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear junto do balcão esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelita perguntou-lhe se ele aceitava entrar na fila ocupando o seu lugar. Mais que agradecido, Moisés aceitou. Fez o seu pedido, comeu rapidamente, e saiu em direcção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos depois de ter saído, ouviu um estrondo aterrorizador.
Perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele percorrera o que tinha acontecido.
Ele respondeu: mais um atentado da Jiad islâmica.
Moisés voltou para trás.
Que seria feito daquele homem que lhe oferecera o lugar e que evitara a sua própria morte?
Era horrível o espectáculo com que se deparou: corpos projectados para a rua, cadeiras projectadas para a rua, gritos, ambulâncias…
Para causar mais dano, o homem que se fizera explodir tinha metido pregos nas bombas.
Impossibilitado de encontrar o tal homem, Moisés, no dia seguinte, correu aos hospitais e conseguiu, num deles, encontrar o tal homem. Na altura ele tinha o filho a seu lado. Disse-lhe obrigado e pouco mais.
Ao despedir-se, deu ao filho um cartão com o endereço dizendo que estava ao dispor deles para o que precisassem.

Um mês depois, o telefone toca no escritório de Moisés.
Era o filho do homem do atentado dizendo que seu pai precisava de fazer uma operação que só nos Estados Unidos era possível.
Moisés disse que sim. Foi-os esperar ao avião.
Tratou de tudo, embora perdesse o trabalho.

Nesse dia 11 de Setembro ele não foi trabalhar para o andar 101 por causa do amigo Israelita.
 Se não fosse ele, teria sido mais uma das vítimas das Torres Gémeas.

(Mais uma história veridica)

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