Criados para viver
A festa de Todos os Santos, seguida dos Fiéis Defuntos, no início de Novembro, vem recordar-nos a nossa condição de peregrinos.
O homem não foi feito para morrer! Contudo, o certo é que a morte virá, mais tarde ou mais cedo, bater à nossa porta e levar-nos deste mundo. Face a esta realidade, não podemos fechar os olhos.
O homem pode querer ignorar esta dura realidade e não falar da morte, para não «assustar as crianças» ou para não se «desmoralizar». Mas há uma séria questão: Porquê viver, se é para morrer?
Os cristãos receberam dos Apóstolos e anunciam uma Boa Noticia: Deus tanto nos amou que nos enviou o seu Filho, Jesus, para partilhar a nossa condição mortal e nos abrir para sempre as portas da Vida.
Esta é a fé dos cristãos que faz deles gente de esperança. Esta fé não evita a dor da morte, sobretudo quando é especialmente trágica. Mas, no meio da dor, há a certeza de que Deus não abandona os seus filhos e lhes dá a Vida.
Alegres na esperança
Pouco sabemos daquilo que nos espera para além da morte. Mas sabemos que seremos nós próprios, mas sem as limitações da nossa condição mortal, purificados de todos os pecados e com uma vida sem fim.
E quem será recebido na glória de Deus? Os que acreditaram em Jesus e O seguiram, vivendo segundo o Evangelho. «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crer em Mim, mesmo que venha a morrer, viverá» (Jo 11, 25).
E os que não têm fé? Aqueles que ignoram sem culpa o Evangelho e a Igreja, mas buscam a Deus na sinceridade do coração e vivem segundo a sua consciência, amando o próximo, também podem alcançar a salvação eterna.
No dia de Todos os Santos e no dia seguinte, o nosso olhar volta-se para o alto. Louvemos o Senhor pelos seus santos, rezamos pelos que dormem o sono da paz e empenhamo-nos a ser testemunhas da esperança. Fomos criados para viver. Um dia, seremos chamados a contemplar a Deus face a face.
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